PORTUGAL ESTÁ «COMO SE O ESTADO ENTREGASSE A CHAVE DO GALINHEIRO À RAPOSA»
Da Procuradora-Geral-Adjunta, Drª. Maria José Morgado, vamos citar uma parte do artigo publicado no Expresso de 14 de Maio 2011, com o título “JUSTIÇA de PERDIÇÃO”.
« A voracidade incontrolável do sector empresarial do Estado tem sido fonte de corrupção e miséria. Espantoso é descobrir a denúncia destas espertezas lusas no «Sermão do Bom Ladrão, do Padre António Vieira. “ Basta Senhor que eu porque roubo em uma barca sou ladrão e vós porque roubais uma armada, sois imperador? Assim é.”
Pois a armada agora será o sector empresarial do Estado guiado pelo lema do sorvedouro dos dinheiros públicos..Alguns pequenos exemplos, segundo um especialista.
Há 14.000 entidades, 900 fundações, 1000 empresas do Estado central e local com duplicação de funções, de despesas e desperdícios absurdos alimentados por dinheiros públicos e tuteladas pelo Governo. Funcionam em regime de apagão orçamental.
(…Outro mistério é o de derrapagem nas obras públicas. Por exemplo, a Casa da Música (no Porto) apresentou uma derrapagem de 300%. Não é excepção…).
O Ministério Público, a polícia, os tribunais devem assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mudança da parábola do bom ladrão. « Roubarpouco é culpa, o roubar muito é grandeza”. Até quando? E continua…»
Nós acrescentamos: “até que novas gerações sejam educadas na rectidão com que foi formada a ilustre autora, Senhora de origem transmontana, que toda a sua vida defendeu a justiça contra tudo e contra todos.
Mas os parasitas andam aos bandos e defendem-se uns aos outros.
Citamos do AGENTEINFILTRADO, do mesmo Jornal:
« Em pleno frenesim da pré-campanha, fomos falar com um comerciante importante na localidade. A comitiva foi efusivamente recebida. O estabelecimento estava quase cheio a meio da tarde e alguns circunstantes iniciaram um esboço de discussão política. O proprietário aproximou-se e segredou-me ao ouvido: “ó doutor, não perca tempo com esses que isso é tudo votos para o Sócrates”. São todos reformados pensionistas antes do tempo” … É o que lhe digo, doutor, um cabrito aqui, uma cunha acolá e já nenhum trabalha. Como têm medo que o doutor ponha ordem no país, por mais que jurem que não, vão todos votar no Sócrates…”
E a bagunça continua… e, assim, a balança do lado de Portugal continua a afundar-se e nós a continuar na banca rota;…e bolsos rotos não ganham nem guardam moedas…Ficaremos ricos e fartos de miséria, no grupo dos "PIGS",«porcos», como referiu há dias no programa
“PRÓS E CONTRAS” – o jornalista internacional da RTP, António Esteves Martins.
Artur Monteiro do Couto