Os pastéis de Belém (pasteis de nata), ultimamente, assumiram contornos de evento nacional pelo facto do Ministro da Economia, Professor Doutor Álvaro dos Santos Pereira, ter incentivado os empresários nacionais a exportarem os seus produtos para novos mercados, inovando e aproveitando o que de melhor se produz em Portugal. Deu como exemplo os famosos pastéis de Belém (pasteis de nata), conhecidos e apreciados por gente dos quatro cantos do mundo. Esta sugestão levantou um vendaval nos meios políticos da oposição ao Governo que só não engoliram ou levaram pelos ares todos os Ministros porque não puderam.
Só que, o tiro lhes tem vindo a sair pela culatra. Ainda ontem a TVI no telejornal das 20 horas, e na TVI24 (http://www.tvi24.iol.pt...) emitiu uma reportagem com o Administrador de uma empresa de Leiria – “Panicongelados”- declarando que já fazem a exportação de milhões de pastéis de nata há 18 (dezoito) anos e que só num ano, os valores em €uros atingiram mais de 17 (dezassete milhões). Também vimos a preparação de pão para exportação e o Administrador explicou todos os passos, sem nada esconder, para o produto ser consumido pelos clientes, nas melhores condições.
- Outras notícias têm vindo a surgir, quase todos os dias, sobre os referidos pastéis, produzidos na Inglaterra e noutros países, por pasteleiros e empresários portugueses que para lá emigraram. Críticas imbecis e mal intencionadas, como esta, é que têm ajudado a atirar com a economia portuguesa para o lixo e fazendo com que pessoas competentes e bem intencionadas não aceitem lugares governativos deixando-os, por vezes, à mercê de desonestos e incompetentes.
- Aconselhamos que sejam ouvidas as palestras do Economista Camilo Lourenço, uma figura simples mas séria e competente, que diz a verdade, sem fazer fretes seja a quem for. Os largos milhares de desempregados e famintos que habitam neste pequeno e pobre país merecem que unamos esforços para os ajudarmos a ultrapassar estes momentos difíceis e não andarmos a utilizá-los como armas de arremesso de uns contra os outros à procura do poleiro de onde, alguns, têm retirado grandes benesses, explorando os mais simples que embarcam em publicidades e propagandas da “banha da cobra”.
Talvez, se os críticos tivessem ouvido o prémio Nobel da Economia, Professor PAUL KUGMAN, aconselhar a descida dos salários em Portugal e nos países periféricos da Europa, entre 20% e 30% para se fazer a recuperação económica, e exactamente no dia 31 de Janeiro 2012, ficassem mais contentes do que ter ouvido aconselhar a exportação de produtos portugueses.
Artur Monteiro do Couto