A FAMÍLIA PORTUGUESA CRESCEU,TRIUNFOU E EXPANDIU-SE PELO MUNDO
NA RTP 2, o programa apresentado no dia 15 de Maio por Fernanda Freitas, profissional competente, simpática e de uma grande sensibilidade social, teve como convidadas pessoas de reconhecidos méritos em diferentes áreas do saber e do viver que focaram a importância das Famílias na construção de um mundo mais equilibrado e solidário, como está a acontecer, actualmente, em Portugal. Efectivamente, todos os dias temos notícias de filhos e netos que procuram apoio em casa dos pais e dos avós para buscarem solução para os momentos difíceis que estão a viver, muitos deles regressando aos campos para retirarem da terra, e DAS ESPIGAS DO CENTEIO ou do milho e do trigo, o pão que não conseguem comer nas cidades como fruto do seu trabalho, ou mesmo da caridade alheia. Nascemos no campo junto das sementes da terra arável e vivemos na capital de Portugal entre a burguesia abastada e os mendigos da era moderna que procuram alimentos pela calada da noite próximo de algumas igrejas e jardins, distribuídos por voluntários generosos que pedem a uns para distribuir a outros. Não é uma paisagem agradável, mas não podemos baixar os olhos e voltar as costas como se esta realidade não existisse. E os intervenientes no preferido programa disseram “verdades como punhos”. As Famílias tradicionais, com o sentido de amor com que foram criadas e se desenvolveram, são a última esperança para a desilusão e o fracasso em que muitos caíram e, na maior parte dos casos, sem culpa própria.
DIA da ESPIGA. No dia 17 de Maio, quinta-feira, era, e ainda é em muitas localidades, comunidades rurais irem visitar os seus campos na Festa da Quinta-Feira da Ascensão, cerca de quarenta dias após a Festa da Páscoa, e trazerem de lá ramos individuais como um símbolo de gratidão pelos frutos recebidos e que iriam receber nas próximas colheitas.
As ESPIGAS são o símbolo do Pão;
Os ramos da oliveira são o símbolo do azeite, da luz, da paz;
As flores das papoilas são o símbolo do amor e da vida;
Os Malmequeres simbolizam o ouro e a prata.
É habitual dizer-se: «a fé é que nos salva». E o Povo simples, sério trabalhador, que não é matreiro nem conhece linguagens nem comportamentos de trafulhices, sorri e canta na sua simplicidade. Os espertalhões que sabem tudo, que aprendem a enganar o próximo para se passearem em carros de luxo ou viverem na sumptuosidade não passam de uns vigaristas como há dias a TVI mostrou um bem conhecido dos homens da bola.
Em homenagem às Famílias, vamos citar a expressão de um voto sincero:
«QUE NENHUMA FAMILIA SE ABRIGUE DEBAIXO DA PONTE
QUE NINGUEM INTERFIRA NO LAR E NA VIDA DOS DOIS
QUE NINGUEM OS OBRIGUE A VIVER SEM NENHUM HORIZONTE
QUE ELES VIVAM DO ONTEM E DO HOJE EM FUNÇAO DE UM DEPOIS.
QUE MARIDO E MULHER TENHAM FORÇA DE AMAR SEM MEDIDA
QUE NINGUEM VA DORMIR SEM PEDIR OU SEM DAR SEU PERDAO
QUE AS CRIANÇAS APRENDAM AO COLO O SENTIDO DA VIDA
QUE A FAMILIA CELEBRE A PARTILHA DO ABRAÇO E DO PAO.»
E terminamos referindo o sentido do título:
Oxalá que todos nós portugueses cultivemos o espírito de uma verdadeira Família e união, onde haja Amor, Paz, Pão, Liberdade e o sentimento dos populares que se preparam para celebrar o DIA da Espiga no dia 17 de Maio e o DIA NACIONAL do ASSOCIATIVISMO no dia 31.
Só unidos venceremos as dificuldades que um dia poderão surgir a cada um de nós.
Artur Monteiro do Couto