Visitei a EXPONOIVOS 2008 (4 a 6 de Janeiro) na FIL, em Lisboa,
e do dossier distribuído à imprensa retirei alguns dados que julgo de interesse:
- Em Portugal, no ano de 2005, registaram-se 48.671 casamentos, correspondendo 81,2 por cento a primeiros casamentos entre solteiros.
Quanto a segundo casamento, os registos apontam para 14 por cento
nos homens e 11,6 por cento nas mulheres.
Em Portugal, e tomando como valor médio 20.000€ por casamento,
calcula-se que o sector valha cerca de 1.000 milhões de euros.
Ou seja, 12 estádios do Euro 2004 ou 1% do PIB nacional.
- Todos os “stands” estavam muito apelativos ao luxo e à satisfação
das vaidades que envolvem os contos de fadas quando se trata de realizar
os sonhos dourados e das princesas encantadas. Três desses stands eram
de transmontanos nossos vizinhos a residir na área da Grande Lisboa.
Horácio Miranda, natural de Chaves, industrial em Sintra; Domingos , natural de Ribeira de Pena, industrial em Vale de Lobos, e Manuel
Maria Ricardo, natural de Murça, Quinta do Alto, Vila Franca de Xira.
Três empresários que dão cartas na indústria hoteleira e não só. Que o
digam Marco Paulo, as Câmaras Municipais de Sintra, Mafra, Amadora e outras, ou futebolistas endinheirados do Benfica e do Sporting.
« Casar faz bem à saúde»
nos Estados Unidos, divulgado na reunião anual da Associação Americana
de Sociologia, o casamento faz bem à saúde e contribui para o prolongamento da longevidade. O estudo revela que os efeitos do casamento atingem
níveis bastante satisfatórios ao nível emocional e conclui que “ o casamento
é sempre uma boa opção para todas as pessoas”.
Expliquemos a razão do Título:
Dois jovens pensaram em passar férias de sonho em diversas partes
do mundo, só que não tinham dinheiro. Dando voltas à cabeça, um
deles adianta a proposta: - e se nos casássemos…, entre os teus convidados
e os meus éramos capazes de juntar 400 convidados. Ora, se cada um
nos desse uma média de 50 (cinquenta contos), juntávamos 20.000 (vinte
mil contos = 100 mil €uros); os nossos pais pagam o copo d’água e nós,
com tanto dinheiro, já podemos passear à vontade. E se bem o pensaram,
assim o fizeram. Os pobres dos Velhos bem barafustaram mas não
os demoveram. Por iniciativa própria, trataram de tudo e
assumiram compromissos pessoais. Tudo, preto no branco como as
empresas exigem. O diabo é que dos 400 convidados só 50 é que aceitaram
e os sonhos transformaram-se em pesadelos. Acreditem que isto foi real e, casos como este, há por aí em abundância. Gastam-se 20.000 €uros em
média por casamento. Os pais empenham-se para pagar as vaidades dos
filhos. Os progenitores ficam a trabalhar no duro para pagar as dívidas,
e os pombinhos voam para as praias do Oriente ou do Ocidente a
deitar a barriga ao sol e a gozar “a lua de mel”.
Fazer a festa com dignidade e conforme as posses de cada um, tudo bem;
agora exigirem aos “Velhos”, entenda-se Pais, sem eles poderem, o
casamento transforma-se num pesadelo familiar e está dado o primeiro
passo para o divórcio. “Casa onde não há pão todos ralham e ninguém
tem razão”. Um bom casamento pressupõe muito bom senso, para cultivar
a saúde a que se referem os cientistas americanos.
Tenho dito.
Artur Monteiro do Couto