belezas paisagisticas e artisticas de Trás-os-Montes
Segunda-feira, 16 de Junho de 2008
FADO CANÇÂO DE PORTUGAL AO SOM DO TRINAR DA GUITARRA PORTUGUESA
14 de Junho 2008 é uma data histórica para a jovem Andreia do Rio. No concurso nacional promovido pela Casa da Imprensa cantou o fado " Cansaço " imortalizado por Amália Rodrigues, uma figura ilustre, conhecida e reconhecida em todo o Mundo.
Desejamos os maiores sucessos a esta sua grande admiradora, que tenta,
dia a dia,descobrir as suas virtudes artísticas.
O PRIMEIRO PRÉMIO DA GRANDE NOITE DO FADO SUBIU À MONTANHA
O PRIMEIRO PRÉMIO DA GRANDE NOITE DO FADO FOI PARA SAPIÃOS (BOTICAS)
Há dezenas de anos que a CASA DA IMPRENSA organiza a Grande Noite do Fado visando a descoberta de novos fadistas que se destaquem a nível nacional.
Andreia do Rio, aluna do 2º ano da Escola de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado,em Chaves, natural de Sapiãos, foi a primeira classificada, a nível nacional, depois de ouvidas (os) cerca de setenta concorrentes.
O concurso final realizou-se no Teatro Municipal de S.Luís,em Lisboa,em 14 de Junho 2008, tendo sido apresentado por Isabel Angelino da RTPi e o Jornalista LAFÉRIA Director da Casa da Imprensa. O Júri teve a participação de elementos do Clube do Fado, Alfama, Lisboa.
A Andreia do Rio interpretou o fado “Cansaço”, de Amália Rodrigues, e com ele, a transmontana saída cá das montanhas do Barroso impôs as suas altas qualidades fadistas aos lisboetas e não só, nascidos a ouvirem cantar e a falar do fado.
A Andreia, através da RTPi vai ouvir-se por todo o mundo e irá encher de orgulho os nossos conterrâneos emigrantes. É que a Andreia, com a sua voz e o seu sentir fadista canta e encanta. Não ganhou o primeiro prémio por ser apoiada por gente famosa. Ganhou por mérito próprio e sem o apoio de ninguém. Aos Pelouros da Cultura das Câmaras Municipais e a alguns dos proprietários de restaurantes que, à partida, dão preferência a estranhos de valor artístico duvidoso, deixamos aqui este reparo. O que é de longe é que é bom… e isto nem sempre corresponde à realidade; e os nossos jovens, os que são bons, têm de ir buscar outras paragens e ir cantar/ trabalhar para o litoral ou para o estrangeiro.
No dia seguinte a ter ganho o prémio, a EGEAC-Empresa Cultural da Câmara Municipal de Lisboa convidou-a para cantar num dos eléctricos dos turistas. E, por acaso, um dos Directores é o Dr. Joaquim Nunes, com casa em Chaves, filho do ex-Comandante da Guarda Fiscal, em Lisboa, Custódio Nunes. Só soubemos deste pormenor quando eu lhe disse que a Andreia era aluna da Escola, em Chaves. É de toda a justiça referir o apoio de um grande amante do Fado, Senhor José Beja, que sempre acreditou nas suas potencialidades fadistas.
As portas do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa foram abertas pelos méritos da Andreia. Esperemos que os transmontanos saibam valorizar aquilo que é seu.
As Casas de Trás-os Montes e ALto Douro de NEWARK (E.U.A) e do Rio de Janeiro (Brasil) já a tinham convidado em anos anteriores. Este êxito também lhes pertence.
Parabéns à vencedora e aos poucos que com ela colaboraram.
Artur Monteiro do Couto
CEM CAMPOS DE GOLFE ATÉ 2010
O Presidente do Turismo de Portugal, Dr. Luís Patrão, afirmou que o país terá até 2010 uma centena de campos de golfe, o que fará com que seja considerado um destino de golfe qualificado. Parece-nos que o progresso vai chegar, em força, a Terras Transmontanas.
Mas atenção, queremos progredir mas não queremos ser explorados nem que substituam os nossos operários educados e disciplinados por hipotéticos assaltantes importados.
Artur M. Couto
Sexta-feira, 6 de Junho de 2008
O PRIMEIRO REI DE PORTUGAL É FILHO DE UM FRANCÊS
ORIGEM DE PORTUGAL APOIADA POR
FRANCESES
Primeiro - Vamos explicar a origem da Palavra
Portugal.
Segundo – Origem histórica do País.
1.1 – Portus Cale
Havia na margem esquerda do rio Douro (em frente à actual cidade do Porto), uma pequena povoação chamada Cale, (a partir da qual cresceu Vila Nova de Gaia,) onde embarcavam e desembarcavam mercadorias. Ora, ao local onde as embarcações atracam para carregar e descarregar mercadorias e pessoas, dá-se-lhe o nome de porto, em latim “Portus”. As pessoas, depois de tanto repetirem “Portus Cale”, criaram os vocábulos Portucalense, Portugal.
2. 2 - Origem histórica do País
Vamos reduzir ao mínimo uma explicação simples porque os objectivos são recordar, ou ensinar, aos emigrantes portugueses e franceses que os nossos destinos cresceram entrelaçados.
Nas campanhas contra os “moiros-mouros-árabes”, por não serem cristãos, entre muitos cavaleiros-guerreiros vieram dois franceses que muito se notabilizaram pelos seus feitos. Foram eles D. Raimundo e D. Henrique de Borgonha, descendentes dos reis de França; e tão bons serviços prestaram que D Afonso VI, rei de Leão, como recompensa nomeou D. Raimundo governador do Condado da Galiza e ofereceu-lhe em casamento a filha D. Urraca. A D. Henrique deu o Governo do Condado Portucalense, que ficava sujeito ao da Galiza, e a mão da outra filha, D. Teresa (ano 1094). Deste casamento nasceram quatro filhos. Só um era varão, a quem deram o nome de Afonso Henriques. Viria a ser este o fundador e o Primeiro Rei do Reino de Portugal, em 1143, pelo Tratado de Samora, depois de muitas lutas, incluindo a própria mãe, na batalha de S. Mamede, próximo de Guimarães (1128), a quem derrotou.
Aconselhamos a leitura dos acontecimentos que rodearam as batalhas guerreiras e diplomáticas que envolveram a Formação de Portugal. Todos nos sentiremos honrados com elas.
Conclusão: O PRIMEIRO REI DE PORTUGAL é filho de um fidalgo francês chamado Henrique de Borgonha e foi ele,
D. Afonso Henriques
O FUNDADOR DA NACIONALIDADE PORTUGUESA
Artur Monteiro do Couto
Nota.
Um abraço para os emigrantes transmontanos em França.
Segunda-feira, 2 de Junho de 2008
ENCANTOS E DESENCANTOS DO ESCRITOR MIGUEL TORGA EM TERRAS DE TORGOS
ENCANTOS E DESENCANTOS DO ESCRITOR
MIGUEL TORGA EM TERRAS DE TORGOS
Vamos começar com uma breve explicação.
- Quando um menino nasceu a 12 de Agosto de 1907 na aldeia transmontana de São Martinho da Anta, registaram-no com o nome de Adolfo Correia da Rocha. Quando já adulto, ele próprio escolheu o pseudónimo literário, talvez, seduzido pela “ TORGA “, substantivo feminino, espécie de urze, de cuja raiz se fazia o carvão. Fig. Pop. Cabeça grande; muito dura.
Para esta escolha deve ter contribuído a sua firmeza de carácter, bem visível ao longo da sua vasta e notável Obra.
Ver explicação dada por ele próprio no “Roteiro Torguiano por Terras de Barroso”, página 13, Editora Cidade Berço, Barroso da Fonte/Laureano Gonçalves.
Nas Terras do Barroso (concelhos de Boticas e Montalegre), dá-se o nome de “ torgos “ à parte grossa da urze, em forma de punho, e da qual se fazia o carvão destinado a ser queimado nos fogões, fogareiros e ferros de engomar, sobretudo, na cidade de Chaves, por os habitantes terem mais dinheiro para o comprar.
Voltemos agora ao conteúdo do título.
Carvalhelhos, 25 de Junho de 1956
Olho a serra. E diante desta natureza sem disfarces, aberta para todos os horizontes, sinto como que uma centrifugação do espírito. Ando, e parece que voo; tento localizar-me, e perco-me na indeterminação. Uma espécie de nomadismo da alma descentra-me e liberta-me das amarras mesquinhas da vida compartimentada. E compreendo de repente a força universal que impregna os gestos e as palavras destes barrosões, puros na impureza, que lavam as mãos no sangue de um semelhante e há mil anos que descobriram o cepticismo moderno, e que por isso entregam desta maneira a filha ao namorado que lha pede em casamento:
Pastora é,
Gado guardou;
Sebes saltou:
Se nalguma se picou,
Tal como está
Assim vo-la dou…
(Miguel Torga, in Diário VIII”, 3ª edição revista, pág. 41)
Alturas do Barroso, 27 de Junho de 1956.
« Entro nestas aldeias sagradas a tremer de vergonha. Não por mim, que venho cheio de boas intenções, mas por uma civilização de má-fé que nem ao menos lhes dá a simples protecção de as respeitar.
(Miguel Torga, in “Diário VIII”), pág. 42