belezas paisagisticas e artisticas de Trás-os-Montes
Terça-feira, 28 de Outubro de 2008
PROFESSORES - A MAIOR ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE PORTUGAL em potência.
Para melhor compreender o que vai ler, a seguir, aconselho a consulta do site
http://www.assp.org
Partindo da hipótese de que consultou o site da Associação de Solidariedade Social dos Professores, fundada em 1981, e já lá vão 27 anos, tendo em conta que há em Portugal cerca de 150.000 professores, e que os vencimentos, em termos de classe profissional são dos mais altos do país, as reformas, em média, são superiores a 2.000 euros, se todos tivessem a noção de que um dia irão ser velhos, poderão estar doentes ou incapacitados em qualquer idade, poderíamos ter a maior Associação de Solidariedade Social do país, se cada um pagasse de cota mensal o equivalente a um maço de cigarros. É que a fundadora, Drª Alice Maia Magalhães dei xou um património superior a 500.000 (quinhentos mil contos ) e outras associadas têm doado mais umas boas centenas de contos. Assim, a ASPP tem crescido e hoje tem bastantes Delegações e várias residências. Por exemplo, a de Setúbal tem condições semelhantes às Residências " Domus " do Grupo Mello que iniciou esta actividade em 2004, ou às do Banco Espírito Santo. E se não temos mais, é porque 90º dos professores estão à espera de ir complicar a vida dos filhos e aos netos quando estiverem fisicamente diminuídos e sem recursos para terem um final de vida com o mínimo de dignidade, Nessa altura vão criticar e dizer mal da família porque não os apoia. Muitos estão à espera de utilizar o dinheiro e o trabalho dos colegas para quererem entrar "quando estiverem com os pés para a cova" e, como é natural, não são admitidos nas mesmas condições dos que são associados há anos.
Preços praticados nas residências Domus :1750 euros mensais para os não dependentes graves. Num nível de dependência mais elevado a mensalidade pode atingir os 3.000 euros mensais.
Agora, comparem com o preço das residências dos professores: sempre inferiores a 80º das suas reformas. Para pensar...
Aos professores, lembramos o ditado popular: «não deixes para amanhã o que podes fazer hoje». E os professores não têm necessidade de construir um futuro parasitário.
Se és professor, volta a consultar a página da internet e inscreve-te como associado,enquanto o podes fazer.
Deixamos uma palavra de muito apreço aos Presidentes das Câmaras que têm dado a melhor colaboração. Entre eles, o Dr. António Capucho, presidente da Câmara de Cascais, concelho,onde vai ser construída uma residência, Carcavelos, sendo o projecto da autoria do Arquitecto Eduardo Souto Moura.
Artur Monteiro do Couto
Terça-feira, 21 de Outubro de 2008
OS LAMPANTINS (BURLÕES) DE LUXO ANDAM À SOLTA. CUIDADO COM ELES.
Aos pobres das aldeias que apanham fruta nas árvores, sobretudo, em macieiras, pereiras, cerejeiras, amoreiras e uns cachos de uvas, são apelidados de “ladrões, gatunos, lampantins, larápios, rapinadores, amigos do alheio. E se os miúdos (crianças de tenra idade) são apanhados em cima das árvores, esperam por eles até descer e são punidos pelos seus actos à cinturada, com puxões de orelhas, pontapés no traseiro, umas bofetadas e outras atitudes repressivas.
Aos administradores capitalistas, quando são apanhados a rapinar, trafulhar, a criarem prejuízos incontáveis à humanidade, como actualmente acontece, em vez de serem imediatamente metidos em prisões de alta segurança, ou lhes colocarem as cordas na garganta e os despacharem para o meio do inferno,
"os ditos civilizados, cultos e peritos em gestão financeira", reúnem-se a festejar a sua impunidade em luxuosos hotéis de sete estrelas… Um escândalo e um insulto aos cidadãos honestos.
À freira que foi encontrada no autocarro sem bilhete de transporte, que, possivelmente, até deu o custo do bilhete a uma criança para matar a fome,(menos de um euro) aplica-se-lhe, como castigo, um mês de prisão.
Aos rapinadores de biliões de €uros, contemplamo-
-los a gozarem a opulência, na vida faustosa, a olharem com ar de gozo para as vítimas. Bem diz a sabedoria popular:
«Fica-te Mundo cada vez a pior».
Reparem só nestes números, que transcrevemos da Revista "VISÃO" de 16 de Outubro 2006.
« Banqueiros - Indemnizações de luxo. Causaram o desmoronamento das mais seguras instituições financeiras de Wall Street e deixaram buracos de milhares de milhões de euros. Mas, ao saírem, levaram os bolsos cheios. Este é o ranking das indemnizações:
Um levou: 117 milhões de euros.
o segundo: 76 milhões de euros.
Outro 43 milhões de euros.
O quarto: 40 milhões de euros.
O quinto: 38 milhões de euros.»
É um escândalo e uma ofensa aos cidadãos que mourejam sem descanso e quando o infortúnio lhes bate à porta têm de se juntar ao número dos sem-abrigo, como vemos todos os dias nas grandes cidades do mundo.
Demos uma olhadela pelo que se passa em Portugal e que anda de mão dada com os políticos:
€UROS 52.630 (cinquenta e dois mil e seiscentos e trnta euros) - foi a remuneração média mensal, paga pelas empresas do PSI 20 aos seus administradores executivos, em 2007.
Vencimento de Ministro. O vencimento de um ministro em 2008 é de 6.507 euros, incluindo 35% de despesas de representação.
Um Secretário de Estado. Recebe 5.895 euros, incluindo as despesas de representação.
Se atendermos a que há Ministros e Secretários de Estado a tutelar as grandes empresas do Estado, cujos administradores recebem, à vista, nove vezes mais... nada de estranhar que os respectivos políticos estejam a contar, quando forem substituídos, como os americanos a verem premiada, muitas vezes, a sua incompetência profissional e seja apenas recompensado o trabalho de colar cartazes do partido e por bater palmas aos discursos do chefe.
Pessoalmente, penso que os vencimentos dos Ministros competentes, nunca deveriam ganhar menos que os administradores das empresas tuteladas por eles.
Parece-me inadmissível que quem recebe ordens ganhe mais de quem as dá.
Considerando o que se está a passar no sistema financeiro, o Bispo de Leiria-Fátima, o transmontano flaviense, Dom António Marto, criticou a ganância dos patrões do sistema financeiro e os seus vencimentos milionários» em 13 de Outubro, em entrevista aos meios de comunicação social.
É um escândalo universal que os ricos estejam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. E o pior é que a maior parte desses ricos fizeram fortunas a rapinar os pobres e as crianças que se contentam com uma mão cheia de cerejas, e são punidos, e os grandes rapinadores passeiam-se em aviões particulares e alguns morrem por terem comido de mais. Mas há também os esbanjadores vaidosos que querem vender a imagem de ricos, trocando de automóveis de dois em dois anos, frequentando a vida social das senhoras armadas em ricas e bonitas, e, por vezes não passam de uns "frascos", no dizer popular.
O Salazar dizia que era preciso produzir e poupar, para se criar riqueza e o Senhor Engenheiro Belmiro de Azevedo, Homem rico, inteligente e poderoso, economicamente, troca o carro de 10(dez) em 10(dez) anos, e quando se casou, segundo a Biografia que leio com frequência, até móveis comprou em segunda mão. Ao trabalhar e poupar do Salazar acrescentou " investir " para criar riqueza. E é, efectivamente, rico e criou 75.000 postos de trabalho nas suas empresas.
Só com basófias, a cantar, a dançar e a fumar, não se vai a lado nenhum.
Ficamos à espera que tudo isto dê uma grande volta e o Mundo seja mais justo e humanizado.
Artur Monteiro do Couto
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e veja belas fotografias.
Quinta-feira, 16 de Outubro de 2008
VINHO DOS MORTOS EM BOTICAS PARA FAZER CANTAR OS VIVOS
Túmulo moderno do “ Lendário Vinho dos Mortos”
de Boticas.
Segundo a História de Portugal em Datas, editada pelo Círculo de Leitores, a segunda invasão francesa, comandada pelo general Soult, que em Março de 1809 entrou em Portugal, venceu as serranias de Trás-os-Montes e Alto Douro e atingiu o Porto, onde se manteve durante um mês, tendo, os franceses, sido obrigados a retirar-se de Portugal no mês de Maio do mesmo ano, contando Portugal com o apoio dos ingleses.
Diz a lenda, ou alguém por ela, que os soldados franceses poderiam beber o vinho dos lavradores botiquenses ao passarem nesta localidade. Alguns lavradores, com o receio de terem de beber apenas a água da montanha, enterraram-no e quando os invasores passaram em direcção ao Porto e o foram desenterrar, aperceberam-se que o paladar era diferente e, em anos posteriores, repetiu-se a experiência. E surtiu efeito. Numa época em que ainda não havia frigoríficos, o vinho enterrado dentro da adega tinha de ser forçosamente mais saboroso do que o mais próximo da fogueira dos “nove meses de Inverno e três de Inferno” – como alguém classificou o clima da região de Barroso.
Foi assim, com estes pressupostos, que teve origem a consagração de «O Vinho dos Mortos.» Já bebi dele por diversas vezes e gostei. No restaurante “ Santa Cruz “, na década 1960/70, tendo fechado porque alguns queriam comer e beber à custa dos donos, obrigá-los a pagar pesados impostos, por razões que o saudoso Armindo Cunha me referiu, muitas vezes, em forma de desabafo, e foi um factor para fechá-lo para nunca mais reabrir. Deixamos um voto de louvor para os proprietários e manifestamos o nosso pesar pela perda de um património gastronómico, sem recuperação possível. O paladar apurado, da D.ZULMIRA Gonçalves da Cruz e da irmã Lurdes é intransmissível. Ficam apenas as receitas no papel.
Estamos na época das vindimas. Aproxima-se o “São Martinho para ir à adega e provar o vinho»; e com as castanhas assadas nos tradicionais magustos, “ Os Mortos de Boticas” vão fazer cantar os vivos.
É louvável a colaboração entre o produtor Armindo Sousa Pereira, a Câmara Municipal e a Cooperativa Agrícola para preservarem um verdadeiro “ex-libris” de Boticas.
A quem nos estiver a ler, deixamos um aviso: não se zanguem se chegarem à Vila dos Mortos e só encontrarem vivos.
Artur Monteiro do Couto
Domingo, 12 de Outubro de 2008
TRANSMONTANOS HUMILDES TRANSFORMAM-SE EM HERÓIS DO MUNDO
FERNÃO DE MAGALHÃES
A estátua que vemos na imagem encontra-se na Praça do Chile, em Lisboa, na Avenida Almirante Reis, a mais longa da cidade.
Com base nas informações registadas na página 329 do I Volume do Dicionário dos mais Ilustres Transmontanos e Alto Durienses, da autoria de Barroso da Fonte, é indiscutível que Fernão Magalhães é «natural da Vila de Sabrosa, comarca de Vila Real, Província de Trás-os-Montes, como ele próprio declarou no testamento feito em 19 de Dezembro de 1504».
Este grande Cidadão do Mundo saiu jovem da sua terra natal, como saíram muitos emigrantes portugueses, à procura da aventura e de melhor qualidade de vida. E lutou com todas as suas forças contra os ventos e marés reais, no meio dos Oceanos, e os ventos e marés em sentido figurado, junto da Coroa Real, que não soube reconhecer os seus méritos, com provas dadas.
Acreditou nele a Coroa Espanhola em 22-03-1518, disponibilizando-lhe todos os meios para empreender a “ Volta ao Mundo “em frágeis naus. E é a partir daqui que o Transmontano inteligente e persistente, vencendo a fome, a sede e o escorbuto (doença geral), impulsionou os marinheiros que, foram sobrevivendo, a concluir a Viagem de Circum-Navegação. Ficou, assim, a dever-se a Fernão de Magalhães, que morreu no cativeiro de Mactan, a ideia da mais arriscada viagem marítima, dizendo-se agora dele:
« É uma figura que simboliza uma mão aberta a todas as culturas»
« Uma prova de amizade e fraternidade entre os Povos»
A Câmara Municipal de Lisboa homenageou-o nas comemorações do
Quinto Centenário da Morte do Infante Dom Henrique no dia 21 de Outubro de 1960, como se lê na placa junto do Monumento.
Está prevista a criação de um simulador onde será possível sentir o que era estar numa nau, em pleno oceano, em 1521.
MAGALHÃES é um nome ilustre que deu o nome ao moderno computador português que vai ser um veículo moderno de cultura pelo Mundo que Fernão Magalhães ajudou a descobrir há quinhentos anos.
Associamos a esta homenagem todos os Transmontanos espalhados pelo Mundo.
A estátua que se encontra na Praça do Chile foi esculpida por Guilherme Córdoba (chileno).
Foi oferecida a Portugal pelo Presidente D. Carlos Ibañez Del Campo a 26 de Abril de 1930.
Artur Monteiro do Couto
Quinta-feira, 9 de Outubro de 2008
PINTORES DE ARTE EM EXPOSIÇÃO NA ESCOLA DE BOTICAS
Alfredo Cabeleira
A Câmara Municipal de Boticas patrocina a Escola de Pintura dirigida
por um artista com provas dadas, tendo já reproduzido, em desenho, os monumentos mais significativos de todo o Barroso. Foram editados em postais pelos Municípios e têm sido utilizados como uma atracção turística.
Está em preparação uma exposição colectiva dos Pintores mais significativos do Alto Tâmega, em Lisboa. Os Pintores transmontanos residentes em Lisboa vão colaborar na iniciativa. Nesta data, Graça Morais expõe na Galeria Diário de Notícias.
Artur Monteiro do Couto
Terça-feira, 7 de Outubro de 2008
BOTICAS HOMENAGEIA O ARQUITECTO-PINTOR NADIR AFONSO
A mãe do famoso Arquitecto-Pintor Nadir Afonso, Palmira Rodrigues, é natural da aldeia de Sapelos, freguesia de Sapiãos, concelho de Boticas. O Presidente da Câmara Municipal quis homenagear este descendente do Concelho, promovendo uma exposição de valiosos quadros do Artista, durante o mês de Agosto 2008, que ficará para sempre imortalizado com a pintura de um painel de azulejos que embelezam o grande salão de entrada do novo edifício. Aproveitamos para informar todos os emigrantes espalhados pelo mundo que, no próximo ano, (2009), a festa e arraial da Senhora da Livração se realizará dia 16 de Agosto.
Informação útil para marcação das férias.
Artur Monteiro do Couto
Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008
O NAMORO EM TRÁS-OS-MONTES E O ARRASTAR DA ASA DO GALO PARA CONQUISTAR AS GALINHAS.
Nas aldeias transmontanas do Barroso, logo que um jovem desperta para a conquista de uma jovem, os vizinhos, quando se apercebem que o rapaz se sente atraído por uma determinada cachopa (rapariga=menina), comentam entre eles que " Fulano ", e dizem o nome, anda a «arrastar a asa» a... e dizem o nome dela....
Ora, esta é a linguagem popular utilizada pela gente do Povo inspirada no que vêem fazer ao galo quando quer conquistar as namoradas dele = as galinhas. Quando a fogueira do amor está no auge, os galos começam a arrastar a asa, vão-se aproximando, lentamente, das que acenderam a fogueira anímica-sensual, e se elas lhe dão troco (consentem) eles saltam-lhes para cima e consumam o acto do amor apaixonante. Logo que isso aconteça,
o amante da galinha celebra a festa cantarolando com todas as suas forças: " CÓ-CÓ-RÓ-CÓ..." e repete a cantiga por longo tempo.
A natureza é uma força imbatível e admirável.
A gente do campo estuda na escola da vida a que os citadinos não têm acesso. E a sua grandeza de espírito é burilada, muitas vezes, com o comportamento das aves, que os ensinaram a cantar desde o romper do dia.
Artur Monteiro do Couto
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