belezas paisagisticas e artisticas de Trás-os-Montes
Domingo, 26 de Abril de 2009
AS MÃES SÂO O MAIOR TESOURO DO UNIVERSO.
DIA DA MÃE (2009-05-03)
«QUEM TEM UMA MÃE, TEM TUDO.
QUEM NÃO TEM MÃE, NÃO TEM NADA.»
A NOSSA HOMENAGEM A TODAS AS MÃES DO MUNDO.
Terça-feira, 21 de Abril de 2009
VIVA COM SAÚDE FÍSICA E MENTAL CANTANDO E DANÇANDO
Há coisas simples que nos prepararam
para vivermos felizes sem haver necessidade de ambições desmedidas e de passarmos a vida a mentir, a enganar o próximo e a sermos invejosos do bem-
-estar alheio.
Os grandes problemas evitam-se a cantar e a dançar como se faz nas aldeias de Portugal, mesmo quando se come o pão de cada dia, amassado com o suor do trabalho em tardes de Verão ou com as mãos enregeladas, no Inverno, segurando, numa, o pedaço de centeio e, na outra, o pedaço da carne de porco, naturais fontes de energia matinal para o dia de trabalho no campo ou na escola.
A preocupação tradicional dos transmontanos é prepararem os filhos para serem cidadãos honestos, que respeitem os bens alheios, não serem invejosos e que trabalhem para ser ricos, mas à sua custa.
Foi esta filosofia que pautou a maneira de viver em Trás-OS-Montes durante séculos: ricos ou pobres, todos deixavam as chaves nas portas, ou, muitas delas, nem chaves tinham. Utilizava-se apenas um tosco fecho de madeira.
Cantava-se e dançava-se ao toque dos realejos, das bandas de música nas festas e arraiais, preservava-se a cultura tradicional nos ranchos folclóricos, agora, em grande recuperação, com o aparecimento de novas Associações Culturais, subsidiadas pelos Pelouros da Cultura dos Municípios e começam a surgir escolas de música para os jovens, que os motivam a preparar-se para uma vida feliz em vez de se envenenarem com drogas e ocuparem os tempos livres a fazerem disparates que os marcariam negativamente para toda a vida. Ainda bem que assim é. Mas os bons costumes tendem a deteriorar-se por influências estranhas e estrangeiras e, assim podendo vir a ser, com maior intensidade,
Aconselhamos aos pais que inscrevam as crianças nas Escolas de música, Bandas musicais, Ranchos folclóricos, Clubes desportivos, Escuteiros, Escolas de dança, etc.… se não quiserem, um dia mais tarde, lamentar-se como aqueles que nas grandes cidades são ricos e filhos de ricos, e são uns péssimos alunos e uns parasitas mal-educados pelos maus exemplos que receberam dos seus progenitores ou dos colegas. Sabemos que há muitas escolas de música de norte a sul de Portugal, mas permitam-nos que refiramos a Escola Mozart de Chaves, cujos professores se deslocam a Boticas, Montalegre, Vila Pouca de Aguiar, Valpaços, etc.. Muitos alunos têm colaborado em festas dedicadas aos emigrantes, dentro e fora de Portugal.
Lembremos o provérbio: «Quem canta seu mal espanta» e citamos a mensagem da letra da Marcha de Boticas:
« Ó alegres raparigas /lindas cantigas vamos cantar;/ Ó rapazes neste dia/ haja alegria sem acabar./ Ó corações alegrai-vos/ voai soltai-vos e palpitai.. Haja alegria nas almas, / batei as palmas, cantai, cantai.»
Desejamos a todos os cidadãos do Mundo, mais jovens ou menos jovens, uma “mente sã, num corpo são”.
Terminamos, deixando uma receita recomendada por um médico da Idade Média:
«Se tem problemas de estômago, beba um copo de um bom vinho tinto às refeições.» E o delicioso vinho maduro de Valpaços, com danças e cantares à mistura, transformam as agruras em festa, acrescentamos nós.
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Terça-feira, 14 de Abril de 2009
OS DOUTORES CANDIDATOS A PASTORES POR MIL €uros
OS DOUTORES QUE VÃO SER PASTORES, VÃO TROCAR A CANETA PELO CAJADO; AS CAPAS NEGRAS PELAS CROÇAS DE JUNCO E OS SAPATOS PELOS SOCOS.
Começaram as Festas da Queima das Fitas, sobretudo na Universidade de Coimbra. Os Universitários de Coimbra orgulham-se de ser os mais festivos de Portugal, pelas características da Cidade e, talvez, por ser, durante longos anos, a mais prestigiada do país. Lembramos que a primeira Universidade portuguesa foi fundada pelo rei D. Dinis, em Lisboa, em 1290, com escolas de Teologia, Artes, Leis, Cânones e Medicina.
Em 1308 foi transferida para Coimbra, mas em 1337, volta a Lisboa. Dança de interesses de quem manda. Finalmente, D. João III mudou-a definitivamente para a cidade do Mondego em 1537, e aí permaneceu até aos nossos dias. Velha no tempo, moderna na marcha do mundo cultural e tecnológico; a primeira a dar cartas quando se trata de uma alegria juvenil, solidariedade e orgulho de os Jovens quererem introduzir na "CIDADE DOS DOUTORES" a vivência da "Capital do Amor em Portugal.
Agora, há muitas Universidades concorrentes, noutras cidades, e, em todas elas, há umas Faculdades melhores do que outras. E alguns cursos, criados sem verdadeiros fundamentos científicos, podem mesmo vir a acabar porque só preparam doutores para o desemprego, infelizmente. Pode ser que alguns se safem com um novo tipo de empregos que estão a surgir. Foi muito comentada a reportagem da Estação de Televisão TVI, quando há dias anunciou que estavam abertas candidaturas ao emprego de pastor de gado ovino e caprino, em determinada região do país, e que os seleccionados teriam um vencimento de 1.000 €uros/mês. Quem quiser saber mais pormenores, procure no Google.
Mas, repetimos, quanto à alegria no trabalho estudantil, Coimbra bate-as todas. Continua, e será sempre, tendo em conta a tradição, a melhor de Portugal.
Para 2009 já está tudo programado ao pormenor, de Março a Junho; basta consultar a programação na Internet. Destacamos a bênção das pastas no dia 25 de Maio às 11 horas da manhã, onde os finalistas dos diferentes cursos se reunirão com os familiares e amigos, com as fitas das mais variadas cores a ondularem, emprestando à cerimónia um misto de lágrimas de alegria, por terem terminado os cursos, às lágrimas da saudade de anos de “farras” prolongadas pelas noites dentro, e que não voltarão mais.
CORES DAS FITAS DAS DIVERSAS FACULDADES:
Faculdade de Ciências …………… Azul-claro
“ “ Direito …………… Encarnado
“ “ Letras …………... Azul-escuro
“ “ Medicina …………… Amarelo
“ “ Farmácia ……………Roxo
“ “ Veterinária ……………Amarelo e Roxo
“ “ Agronomia ………….. Verde e Branco
“ “ Economia e Finanças Encarnado e Branco
Instituto S.T. Engenharia ……. Azul e Branco
Enfermagem ……….. Amarelo ou Branco
Educadoras de Infância ……….. Rosado
Professor Primário Verde-Escuro
Engenharia Civil ………….. Amarelo-escuro
Teologia ………….. Amarelo e branco
Na Universidade de Coimbra, as actividades da “ Queima das Fitas “
encerram dia 7 de Junho.
Aos jovens doutores desejamos as maiores felicidades e que, um dia, só vistam a croça, quando num plano cultural ajudem a preservar a cultura popular nos locais para aonde forem trabalhar.
Artur Monteiro do Couto
Terça-feira, 7 de Abril de 2009
OS PARDAIS DE CHAVES FIZERAM ESVOAÇAR OS POMBOS DE LISBOA
Banda Flaviense OS PARDAIS Pauliteiros de Miranda (CTMAD)
A CASA DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO DE LISBOA, em colaboração com os Municípios de Lisboa, Mogadouro e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, acordaram evocar a figura ilustre do Transmontano de Mogadouro, Trindade Coelho, porque a todos uniu pela sua acção na vida e na morte dado o seu talento de escritor.
Para o efeito, foi escolhida a tradicional Festa do Folar Transmontano, no dia 5 de Abril, realizada na Praça da Figueira, uma das Praças mais nobres da capital.
A parte cultural teve uma participação invulgar em festas do género: ranchos folclóricos de Mogadouro, Pauliteiros de Miranda, rancho folclórico de Borbela (Vila Real), e rancho folclórico de Vimioso. O conjunto MARANUS encerrou a festa, com as suas alegres músicas, muitas delas de cariz regional.
A Vedeta da Festa foram “Os Pardais”. Desfilaram da Câmara Municipal de Lisboa, subindo a Rua Augusta até à Praça da Figueira. Pelo caminho, ao som instrumental dos aprumados executantes juntava-se o estalar das palmas dos numerosos turistas que saboreavam os ligeiros petiscos ou as lagostas e sapateiras nas esplanadas e marisqueira de um outro transmontano de Valpaços. Já em palco, deliciaram a multidão que os rodeava num enquadramento cheio de beleza, com o Castelo de S. Jorge diante deles.
Entretanto, também os pombos que habitualmente se passeiam pelo Rossio se associaram à festa. À medida que os músicos (Pardais) tocavam ali ao lado, eles levantavam voo e sobrevoavam em direcção ao Castelo de S. Jorge, dando graciosidade à festa transmontana.
De Chaves e de Valpaços vieram também os folares e os pasteis que se vieram juntar a produtos de outras regiões transmontanas e de transmontanos residentes e industriais
do ramo,na Capital.
Aos Municípios que colaboraram com a Direcção da CTMAD, presidida pelo Flaviense Professor Doutor Jorge Valadares, testemunhamos a gratidão dos milhares de transmontanos que ali se sentiram orgulhosos das suas raízes. Os numerosos turistas estrangeiros deliraram com o que viram de forma inesperada. Foi mais um pedaço de cultura das gentes serranas que juntaram à de Lisboa e que, com ela, vão partir mais ricos de Portugal.
Artur Monteiro do Couto
Quarta-feira, 1 de Abril de 2009
ABRIL EM PORTUGAL E AS FESTAS NO NORTE DE PORTUGAL.
CALVÁRIO de Sapiãos junto do qual os crentes cantam e rezam na Sexta-Feira Santa. lembrando a Paixão de Jesus Cristo.
A Primavera passeia-se feliz de norte a sul deste recanto lusitano à beira-mar plantado, que dá pelo nome de Portugal desde o século XII. As árvores floriram, as aves chilreiam, as crianças brincam em tempo de férias, as galinhas continuam a entoar «có-có-ró-có…) anunciando que já há mais ovos para os folares…
A alegria transmite-se em todas as direcções, atingindo o auge, para os cristãos, no dia 12 (Domingo de Páscoa) – festa da Ressurreição de Jesus Cristo, e para os políticos, no dia 25 de Abril, feriado nacional em que se comemora a “ Revolução dos Cravos “ reinício da Democracia.
A tradição cristã comemora a Páscoa da Ressurreição mais efusivamente , com vocabulário mais pacífico e “comes e bebes” mais apetitosos. Destacamos os cordeiros, filhos das ovelhas, bem temperados, cozidos ou assados nos fornos que cozeram os folares. A visita pascal assume festa especial no decorrer do Compasso, na região do Minho. Tocam as bandas musicais e estouram os foguetes. Os Minhotos são os mais festivos e festeiros de Portugal. «Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso». Nos folares, com carne ou sem carne, os transmontanos dão cartas, sobretudo na região de Chaves e Valpaços.
Recordemos as origens do folar: «Em tempos remotos, tradicionalmente, o ritual do Folar iniciava-se quando o afilhado de Baptismo levava o “Ramo” à missa, no Domingo de Ramos para aí ser benzido. No Domingo a seguir, Dia de Páscoa, o afilhado ia cumprimentar o Padrinho saudando-o deste modo: «Dê-me a sua bênção, meu Padrinho». Este estendia a mão e enquanto o afilhado lha beijava dizia: « Deus te abençoe e entregava-lhe o folar que tanto podia ser em dinheiro como em pão pascal, segundo a descrição bíblica.
Com o andar dos tempos apareceu o Folar dos nossos dias: uma delícia feita de farinha triga, ovos das galinhas, manteiga ou azeite, com carne ou sem carne de porco. E o segredo da óptima qualidade está em preparar bem a massa, não ter preguiça de a amassar o melhor possível e sempre num determinado sentido. (Informação recolhida nas Termas de Chaves).
Valpaços tem a ambição de se tornar na Capital do Folar em Portugal. A Câmara Municipal organizou a Festa do Folar, a decorrer nos dias 3,4,5 de Abril, associando ao tradicional folar outros bolos e iguarias características do concelho; sobretudo o azeite e o vinho. No ano transacto foi visitada por mais de 60.000 pessoas. O seu Presidente da Câmara, Eng. Francisco Tavares, há 11 anos que avançou sobre Lisboa com o Folar e outros produtos agrícolas afins, e impôs-se aos lisboetas. Hoje, numa das montras da Rua Augusta está bem visível o anúncio e o produto: “Folar de Valpaços”. Na Rua do Ouro vemos montra semelhante referindo o “Folar de CHAVES”. Os padeiros-pasteleiros são transmontanos e orgulham-se de realizar o que as suas avós lhes ensinaram.
Este ano, na Praça da Figueira, em Lisboa, no dia 5 de Abril, A Banda Musical de Chaves, “OS PARDAIS” virá abrilhantar a FESTA DO FOLAR TRANSMONTANO, organizada pela Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa. A Direcção convida toda a gente para a festa.
Lá estaremos.
Artur Monteiro do Couto