belezas paisagisticas e artisticas de Trás-os-Montes
Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009
ORIGEM DO CABAZ E CABAZADAS
O PRECURSOR DAS MALAS DOS NOSSOS DIAS
Apresentamos-lhes um “cabaz autêntico”, cesto de verga, para transportar comida e outros objectos que, modernamente, se metem dentro de sacos ou malas, mais simples ou sofisticados conforme os gostos e as bolsas das utilizadoras.
Há outros tipos de cabazes, feitos de junco, de verga, de cana, etc., geralmente com tampa e asa arqueada, com diferentes dimensões, segundo o fim a que se destinam.
O modelo da imagem vemo-lo com frequência nos ranchos folclóricos que têm por missão perpetuar as tradições culturais nas mais diversas vertentes, para que a memória dos povos não se apague.
No filme CANÇÃO DE LISBOA, podemos ver a representação de uma camponesa, desiludida com as condições de vida da sua aldeia , pela célebre artista Beatriz Costa, que de cabaz na mão se despede da sua aldeia a caminho de Lisboa cantando:
Adeus ó Terra
Adeus linda serra
Da neve a brilhar
Adeus aldeia
Que levo na ideia
Nunca mais voltar.
…Despedi-me das ovelhas
Do meu cão, das casas velhas
Do lugar onde nasci.
Ai, ai, ai.
Não me importa de ir à toa
Que o meu sonho é ver Lisboa
Mais o mar que nunca vi…
- Será que todas as camponesas que fugiram para as grandes cidades foram tão felizes como nas suas aldeias?
- Costuma dizer-se “cabazadas” quando os cabazes estão cheios de produtos.
- Em termos futebolísticos, diz-se que um clube deu uma cabazada ao adversário quando lhe ganhou por muitos golos.
Artur Monteiro do Couto
Sexta-feira, 20 de Novembro de 2009
LUÍS FIGO NAS ESCUTAS DE VARA E SÓCRATES
FIGO NAS ESCUTAS DE VARA E SÓCRATES E
SETENTA E CINCO MIL EUROS ENVOLVIDOS
Vamos transcrever do prestigiado Jornal «Correio da Manhã de 20 de Novembro 2009 a notícia que deixa perplexas as pessoas honradas deste país : « Primeira página: « FIGO NAS ESCUTAS DE VARA E SÓCRATES» …). Ver desenvolvimento na página 8 (FACE OCULTA)
«O apoio do ex-internacional Luís Figo ao PS nas últimas eleições legislativas terá custado 75 mil euros a uma empresa pública. O ex-futebolista esteve num pequeno-almoço no Hotel Altis Belém a 25 de Setembro, no último dia de campanha, onde foi anunciado como mais um apoio de peso a Sócrates».
«Escutas a Vara revelam que encontro terá custado 75 mil euros e autoridades acreditam que dinheiro saiu de um «saco azul» de uma empresa pública».
Aproveite e leia também, no mesmo número e jornal as referências que o Presidente da República fez no discurso de 5 de Outubro 2006, sobre a corrupção. Pena foi que as suas observações tivessem caído em saco roto. Não deixamos de lastimar que cidadãos transmontanos estejam envolvidos nesta “ FACE OCULTA … que está a escandalizar todos os cidadãos honestos deste país.
Não foi isto que os nossos pais nos ensinaram.
E é justo que coloquemos outra questão. Afinal há por aí muitos a venderem a sua pseudo-honestidade, bondade e inteligência para enganar os eleitores menos informados... E porque será que anda tanta gente que nunca colaborou com instituições de beneficência a querer ir para o Governo?… Até os políticos, futebolistas, fadistas, escritores e outros, que à última hora mudam de partido, estão a ver a sua sinceridade posta em causa. Se o caso do Luís Figo se provar, como se diz no Correio da Manhã, quantos milhões teriam gasto com outros apoios, também sonantes?
Isto entristece-nos.
A. C.
Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009
INFORMAÇÃO ÚTIL AOS VISITANTES
Temos o prazer de aconselhar os Senhores Visitantes a observarem os dois Videos que colocámos no Youtube, sobre aspectos da vida rural portuguesa dos nossos dias.
Basta clicar, a seguir às imagens, onde se lê: Youtube (Videos). Para já, vão encontrar dois; mas vão ser colocados mais, proximamente. Recorde as arruadas das bandas musicais da sua aldeia e da alegria que a pequenada sentia ao ouvi-la nas ruas onde, no ano inteiro, só ouvia as vozes humanas e dos animais.
Não se esqueça de ligar o som.
Grato pela gentileza da Sua visita
arturcouto@clix.pt
Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009
ALEGRIA E BELEZA NO MAGUSTO DA CTMAD 2009
Observem a riqueza cultural e a elegância do GRUPO VERDE MINHO, em Lisboa.
A CASA DE TRÁS-OS-MONTES e ALTO DOURO de LISBOA festejou, antecipadamente,com o tradicional magusto no Externato dos Maristas, em Lisboa, o dia que nos relembra o Cavaleiro Francês que, num ambiente invernoso, se compadeceu de um mendigo e com ele repartiu a capa que envergava.
Foi uma festa em cheio, graças à generosidade da Direcção do Externato, e às Associações Culturais "Verde Minho, presidida pelo botiquense Teotónio Gonçalves; à Associação dos Professores Seniores da Universidade de Almada, com a colaboração dos amigos da Família António Medeiros Amaro, de Montalegre; e ao Grupo de Cavaquinhos de Corroios, sob a orientação dos Professores José Carinho e Francisco Rodrigues.
A Cultura do comes e bebes esteve representada e serviu com abundância as castanhas, as alheiras, pão centeio e vinho. Diversas Casas comerciais venderam produtos regionais alusivos à época por entre danças e cantares ao desafio, com a participação activa do Dr. Jorge Gomes, durante muitos anos casamenteiro de Sintra; - entre esses casados, contam-se a Grande Senhora da Televisão Judite de Sousa e Dr. Fernando Seara, Presidente da Câmara de Sintra: - e o Director, ensaiador, acordeonista, etc... do Verde Minho, que tentou baralhar o homem de Vidago mas não conseguiu,possuidor de uma capacidade de liderança invejável. Parabéns à grande figura cultural de Pinho.
Aqui registamos um louvor e um agradecimento à Direcção da CTMAD e a todos os participantes nesta festa que tende a ser cada vez maior.
E VIVA O SÃO MARTINHO e todos os Franceses residentes em Portugal.
Artur Monteiro do Couto
arturcouto@clix.pt
Nos próximos dias, faremos mais referências aos aspectos culturais.
Quarta-feira, 4 de Novembro de 2009
MAGUSTO DE SÃO MARTINHO EM LISBOA
AS CASTANHAS A SAÍREM DO VENTRE MATERNO
MAGUSTO NO DIA DE SÃO MARTINHO
11 de NOVEMBRO
Diz o POVO:
“No dia de S. Martinho, vai à adega, incerta o pipo e prova o vinho.”
- E como o vinho é “generoso”, convidou as castanhas para se associarem à festa em honra do Santo, patrono dos pobres.
Em determinadas regiões de Trás-os-Montes, as castanhas são rainhas da gastronomia festiva no mês de Novembro e viajam, mesmo, de Vinhais e de Carrazedo de Montenegro, concelho de Valpaços, para o Brasil, para a Europa e outras zonas do globo. Umas assadas, outras cozidas, lá vão sendo comidas; avinhadas e bem saboreadas, alimentam e inebriam os pares para dançar ao som das músicas populares cantadas e tocadas.
A Lenda de São Martinho, é uma lição de amor e fraternidade para as sociedades modernas que estão a educar as novas gerações para o egoísmo e para as melhores técnicas de marketing, visando ludibriar incautos e chuparem-lhes o sangue como as famosas sanguessugas da medicina pré-científica. O exemplo de S. Martinho , ao repartir a capa com o mendigo em dia gelado e ventoso,merece ser celebrado, cada ano que passa, com mais entusiasmo para que o pensamento filosófico do ser humano se preocupe mais com a justiça criativa e distributiva, ensinando uns a” pescar “, a resguardarem-se das tempestades, do granizo e do frio das nevadas, pelas suas capacidades de trabalho e poupança – e socorrer os mendigos, os pobres de espírito e de haveres. Com este comportamento social, todos os seres humanos poderão, um dia, celebrar a festa de S. Martinho, comer as castanhas, provar o vinho e sentir o calor do Verão de São Martinho com um sorriso nos lábios e uma nova esperança. Os bons exemplos são para imitar. Neste período de S. Martinho 2009, estamos a assistir a um desfile de péssimos exemplos sociais, que rondam a rapinagem das mais escandalosas que se tem vivido em Portugal. Esses que trocam a honra por Mercedes de luxo e quantias chorudas, seriam bem mais felizes se pautassem a sua vida pelos exemplos de cidadãos vindos lá dos Montes e se contentassem em comer o pão, as castanhas, as alheiras e beberem uns copos de um bom vinho tinto, com a consciência tranquila e rejeitarem ser ladrões encobertos com o prestígio dos amigos e familiares.
Pessoalmente, vou participar na festa organizada pela Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa, no Externato Marista de Benfica, Rua de S. Neutel, nº11, dia 8 de Novembro. É uma festa a valer, com cerca de 3000 transmontanos e seus descendentes ou convidados. Há castanhas assadas e transformadas em doces; alheiras, pão centeio, vinho do bom e à farta, bandas de música, o conjunto MARANUS e outras surpresas. Aqui, não há distinção de classes. Há apenas amigos e conterrâneos a continuar as festas a que se habituaram a celebrar humildemente a 500 quilómetros de distância, nos tempos de meninos.
E se alguns pisaram o risco da dignidade, aproveitem e venham regenerar-se, lembrando-se do que os Pais lhes ensinaram.
Artur Monteiro do Couto