belezas paisagisticas e artisticas de Trás-os-Montes
Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009
INFORMAÇÃO AOS VISITANTES
Foi colocado um video no Youtube intitulado Entre o Céu e a Terra numa aldeia transmontana. Para mais facilmente o observar, com imagens maiores, procure no lado direito da primeira página, entre as palavras IMAGENS e AMIGOS - YOUTUBE (VIDEOS); clique e encontra a fotografia com a palavra " Enamoramentos". Ligue as colunas e vai gostar de ver e ouvir.
Amanhã, vamos começar ANO NOVO - VIDA NOVA.
Desejamos muita saúde e muita alegria para os seres humanos que povoam a Terra.
Artur Monteiro do Couto
Terça-feira, 22 de Dezembro de 2009
DECORAÇÕES DO NATAL EM LISDOA -2009
TEATRO NACIONAL D. MARIA no ROSSIO EM LISBOA
Lisboa é uma cidade que respira cultura durante todo o ano. No mês de Dezembro, consultando a Agenda Cultural da Câmara Municipal, vemos que há espectáculos para todos os gostos e idades. Desde o Circo, Dança, Exposições,Contos do Natal e Concertos de Natal nas Igrejas, tudo se apresenta em festa nesta "Quadra Natalícia"
A todos os Agentes da Cultura, desejamos que possam viver em festa durante as suas vidas e que as festas que eles promovem para todos nós, as continuem a promover por muitos anos..
Permitam que façamos uma referência especial para o grande Actor RUÍ de CARVALHO, parente do grande Herói CARVALHO ARAÚJO, transmontanos que muito nos honram.
C. C. VASCO da GAMA no PARQUE das NAÇÕES em LISBOA.
Esta «CATEDRAL DO CONSUMO» é do SENHOR ENGENHEIRO do NORTE. A decoração das suas organizações não deixam os créditos por mãos alheias... Por isso é que subiu a vida a pulso e, hoje, é o segundo Homem mais rico de Portugal.
Desejamos BOAS-FESTAS a todos os Operários e Patrões portugueses e que os pobres de hoje possam ser abastados amanhã...
arturcouto@clix.pt
Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2009
QUADROS DE NATAL NAS RUAS DE LISBOA
QUADRO QUE RELEMBRA A ANUNCIAÇÃO QUE MARIA IRÁ TER UM FILHO
RELEMBRA O NASCIMENTO DO MENINO ANUNCIADO - (NATAL2009)
A História nunca deixará de ser História quando narra os acontecimentos, sejam eles de ordem religiosa, política, cultural,etc..
Há mais de dois mil anos que existem documentos a declarar que em Belém da Judeia nasceu um Menino a quem foi posto o nome de Jesus e as circunstâncias em que nasceu.
Não vamos discutir aqui o aspecto teológico. Cada um relembrará o que lhe foi ensinado sobre o tema e a maneira como vive ou não vive a sua fé ou descrença.
São Francisco de Assis, no século XIII, toma a iniciativa de representar o quadro bíblico descrito sobre o nascimento de Jesus, utilizando figuras vivas. Nasceu assim o primeiro presépio. A Comunidade cristã apoiou a ideia, grandes artistas plásticos esulpiram-no, criaram novos aspectos da vida desses tempos e a ideia perdurou até aos nossos dias. Cristãos ou ateus todos somos testemunhas dessa realidade.
Nas vésperas do Natal 2009, visitei as ruas da dita "Baixa de Lisboa" e, na Rua Augusta,encontrei vários quadros bíblicos alusivos ao Natal e nenhuma árvore dita do Natal.
Cada um de nós interpretará esta circunstância como entender; apenas deixo um testemunho vivido na Capital de Portugal.
Desejamos Boas Festas a todos os cidadãos do Mundo.
Artur Monteiro do Couto
Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009
NATAL NA MINHA TERRA TRANSMONTANA
Na festa do Natal Cristão tudo
se desenrola à volta do nascimento de um menino.
«Nascido Jesus em Belém da Judeia, (lugar situado a 9 Km ao sul de Jerusalém, actualmente, onde a paz não se vislumbra), no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém os magos (sábios persas que se dedicavam ao estudo dos astros ou talvez sábios, chefes de aldeia ou de tribo) que perguntaram:
«Onde está o rei dos Judeus que acaba de nascer? Pois vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo».
- Começou logo nesta fase, enquanto o menino dormia tranquilamente, a habitual luta pelo poder.
Uns, segundo os ensinamentos bíblicos, admitiam que acabava de nascer o futuro rei dos judeus; outros que, além de um menino vulgar como os outros meninos, era filho de Deus, Senhor do universo; ainda muitos outros, como vamos transcrever de um poema de Miguel Torga, nem sequer, em pensamento, poderiam admitir que alguém pudesse vir a ser superior a eles. Citamos o poema:
«Era uma vez, lá na Judeia, um rei,
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia,
Porque um dia
O malvado
Só por não ter poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas
Por acaso ou por milagre, aconteceu
Que, num burrinho, pela areia fora,
Fugiu daquelas mãos de sangue um pequenino.
Que o vivo sol da vida acarinhou
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Coimbra, 12 de Outubro de 1937
Miguel Torga (Diário-Poesias)
E, nos nossos dias, é à volta da história do menino a que se refere o Poeta que, na minha aldeia, as Famílias se reúnem, plenas de alegria, a recordarem os tempos em que viveram felizes no seu lar de nascimento, à volta da lareira e da mesa, para intensificarem o calor humano que sempre os uniu, embora os corpos estejam, agora, separados por longas distâncias.
À Ceia, come-se o tradicional bacalhau, o polvo, as batatas, as couves, a aletria, as rabanadas e outras iguarias, que vão sendo introduzidas na ementa para harmonizar o paladar das crianças com o dos adultos. O manjar mais saboroso é o sorriso e o repetir das saudades de outros tempos em que estavam presentes outros familiares.
Enquanto não chega a meia-noite, as crianças vão-se entretendo com o jogo do rapa, vindo do tempo dos avós, e outros que já marcam encontro com o telemóvel, as novas tecnologias e a magia que foi crescendo durante a infância, associada às aventuras e presentes que o Pai Natal lhes virá pôr no sapatinho. Vive-se uma Noite de Paz, de Amor e de Alegria.
- No dia seguinte, as crianças prolongam a magia na Igreja, junto do presépio aonde vão admirar as figuras artesanais que representam o nascimento do Menino, o burro, as ovelhas, os magos e os pastores com ovelhas dos seus rebanhos que vão oferecer como presentes.
Termino com palavras de uma das melhores actrizes da actualidade em Portugal, Fernanda Serrano, uma das vedetas das telenovelas da TVI: «O Santiago (filho mais velho) ainda acredita no Pai Natal, escreve carta e tudo. Vou ver se consigo prolongar esta magia por mais dois ou três anos …porque tem muita graça.» Correio da Manhã de 26-11-2009.
Gostaríamos que todos os Pais, sem complexos de infantilidade mental, cultivassem a magia do Natal nas crianças em vez de se contentarem a materializá-las com brinquedos de guerra e outros com significado socialmente discutível.
Desejamos Boas Festas a todo o género humano.
Artur Monteiro do Couto
Sábado, 5 de Dezembro de 2009
FERIADOS NACIONAIS EM PORTUGAL NO ANO 2010
AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER
Apoveite os feriados...
FERIADOS NACIONAIS EM PORTUGAL ANO 2010
1 de Janeiro (ANO NOVO) Sexta-Feira
16 de Fevereiro (Carnaval) Terça-Feira
2 de Abril (Sexta-Feira Santa)
4 de Abril (Domingo de Páscoa)
25 de Abril - Aniv.Revolução; (Domingo)
1º de Maio- (Festa do Trabalhador) (Sábado)
3 de Junho- (Corpo de Deus) (Quinta-Feira)
10 de Junho- (Dia de Portugal) (Quinta-Feira)
15 de Agosto- (Festa da Assumpção) (Domingo)
5 de Outubro (Implantação da República) (Terça-Feira)
1 de Novembro (Todos osSantos) (Segunda-Feira)
1 de Dezembro (F. da Independência Nacional) (Quarta-Feira)
8 de Dezembro ( Imaculada Conceição) (Quarta-Feira)
25 de Dezembro ( Natal) (Sábado)
Feriados Municipais
13 de Junho, em Lisboa ( Santo António) Domingo
24 de Junho, no Porto ( S. João ) Quarta-Feira
Quantos dias tem cada mês?
30 dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro;
28ou29 dias só há 1(UM)- (Fevereiro);
31 dias - têm todos os outros.
O CORAÇÃO NÃO SE VENDE,
É PRENDA de ALTO VALOR;
NÃO SE VENDE NEM SE DÁ,
TROCA-SE POR AMOR.
Artur Monteiro do Couto
Terça-feira, 1 de Dezembro de 2009
BODAS (CASAMENTOS) À MODA ANTIGA EM PORTUGAL
BODAS (CASAMENTOS) À MODA ANTIGA no Barroso
Leia porque vai gostar de saber os rituais entre os noivos, os pais, convidados, as declarações em cantigas populares, etc., que foram recolhidas pelo capelão dos bruxos, Dr. António Lourenço Fontes, Barroso da Fonte e Alberto Machado, em Comunitarismo do Barroso editadas em 16 de Dezembro de 1977.
Vamos começar:
«A noiva está em sua casa acompanhada de moças amigas e de seus pais. Ajudam a prepará-la e confortam-na, animando-a a sair de casa para receber o esposado (noivo). Os cantadores, chefes de protocolo, mandam sair a noiva ao patamar das escadas, ao bater na porta o padrinho, por 3(três) vezes. Este pede gente, honra e fazenda (dote). Só depois de várias cantigas, quadras populares líricas e saudosistas dos cantadores é que a noiva sai a porta.
Com as lágrimas nos olhos, ao sair de casa e descer as escaleiras abraça o pai e a mãe a quem pede a bênção pela última vez solteira.
A saída de casa é uma festa importante, uma vitória da comunidade. Festeja-se com vinho que a comitiva da noiva traz lá de dentro. Os não convidados ou que não puderam ir, deixam tudo para assistir a este espectáculo de pedir a noiva. Também se diz buscar a noiva, tirar a noiva.
Os cantadores, depois de fazerem botar a lágrima aos pais em público, com as suas quadras (comovendo-os), ao som da sanfona ou concertina, animam os mesmos a esta façanha de entregar a esposada ao esposado dizendo-lhes que será bem estimada, etc.. É uma passagem dramática que toda a gente gosta de sentir e ver de perto, em que os cantadores mais se aprumam e inspiram. Os convidados e demais espectadores fazem lembrar o coro das tragédias gregas sofocleanas. Os cantadores são como jograis ou bobos da festa. Ora divertem jocosamente os convidados ou doutrinam no sagrado, a criação do mundo, do primeiro homem e primeira mulher, etc.. O coro feminino acompanhante da noiva aqui, actua também a favor da comunidade, encorajando a noiva a sair.
Na igreja, o noivo e o padrinho vão perguntar à noiva: é de sua vontade vir comigo? Ela responde: Sim.
Então a madrinha tira-lhe a capa de burel ou Saragoça e lenço preto e coloca-lhe um lenço amarelo na cabeça, que a noiva terá de usar, ainda que esteja de luto.
Os casamentos, aqui, eram de preto. Os trajos são escuros. A noiva não ia de branco, mas de trajo normal ou festivo se o tinha. À saída da Igreja, festeja-se o acto com bombas, tiros de morteiro, de bacamarte.
Foi uma vitória para a comunidade e sua eternização social. Dão-se amêndoas pelas portas. Isto é coisa da esposada (acabada de casar), madrinha e mulheres convidadas. Os homens dão cigarros e bebem vinho à porta de todos os amigos.
Segue-se o jantar da boda. Este foi oferecido pelos convidados. Os homens ofereceram às cozinheiras a vitela ou vitelas necessárias, ou se o número de convidados for reduzido, oferecem borregos, cabritos, cabras e ovelhas. Diz o povo: quem vai à boda leva que coma. Há casamentos que depois de matarem os richelos precisos ainda ficam com um pequeno rebanho para começarem a sua vida económica. Esta solidarização e comensalidade são duas constantes na vida comunitária de Barroso.
Se a filha vai viver para casa dos pais, os cantadores vão entregá-la, depois da distribuição dos ramos ou doces oferecidos pelas mulheres. Vão à porta dos pais e ali mandam abraçar a filha casada e o genro, futuro filho que pede a bênção aos sogros a quem passa a chamar pais.
O mesmo se faz se a noiva vai viver para casa do esposado (marido).
Alguns, mais pobres, ficam a viver na casa dos seus.»
Edição do autor em 16 de Dezembro de 1977.
No século XXI, tudo isto parece uma ficção de telenovelas; mas foi uma realidade secular.
- Actualmente, podem adquirir edições actualizadas, publicadas pela Âncora Editora, dos mesmos autores, sobre “ETNOGRAFIA TRANSMONTANA I e II volume. Quer saber o que nunca imaginou?
Recomendamos estas obras.
Artur Monteiro do Couto