CIDADE DE CHAVES - AS DUAS PONTES RECORDAM O PASSADO E O PRESENTE
«Ó velha Ponte Romana
Recordas aos que te olharam
Tempos remotos, distantes
Das gerações do passado.
«...»
« Ó CHAVES nobre cidade
Pelo Tâmega beijada
Deixas sempre uma saudade,
Terra linda, terra amada.» Assim se canta sobre a História da «AQUAE FLAVIAE»
A cidade de Chaves sempre honrou a sua brilhante história, conduzida por gente ilustre do passado e do presente. Diremos, até, que é um autêntico Museu deixado pelos Romanos, embelezado pelos abundantes jardins e canteiros floridos por toda a cidade. Sublinhamos o colorido das flores, com uma referência de muita simpatia à Engenheira Lisette Branco Teixeira, pela sua iniciativa de tempos idos,
aos populares que sempre souberam respeitar e amar a beleza espalhada por toda a cidade, e aos Autarcas que mantiveram a iniciativa de uma Senhora, que bem merece uma homenagem pública. (Acrescento que não conheço,pessoalmente, a ilustre Senhora) - mas associo-me a todos os que respeitam o mérito.
Artur Monteiro do Couto
UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS NO RESTAURANTE SALDANHA (pequeno museu)
OS Portugueses obrigados a sair das suas Terras de Origem à procura de trabalho e pão em terra alheia por esse mundo fora, não esquecem as suas raízes e tentam apagar a dor da solidão e da saudade, organizando-se em Clubes, Casas Regionais ou mesmo de Portugal. E decoram-nas com objectos levados de Macedo de Cavaleiros (Bragança), do Minho até ao Algarve, passando pelas Ilhas da Madeira e dos Açores. E nelas, alimenta-se a cultura portuguesa, a alegria, os corpos e o orgulho de ser «PORTUGUÊS».
DIRECTORES DA CASA REGIONAL DE TRÁS-OS- MONTES em NEWARK e LISBOA.
Augusto Gomes,(camisa azul), de NEWARK, é natural de Boticas e Presidente do Lusitania Savings Bank.
Nuno Aires, (camisa rosa)- é natural de Bragança e Procurador-Geral da República Adjunto. Repetiram em Peredo, Macedo de Cavaleiros, o primeiro encontro que tiveram no exercício de funções regionais em NEWARK-América.
A CTMAD-Lisboa, celebra o seu 105º aniversário; fundada em 20 de Setembro de 1905.
Aqui deixamos os nossos parabéns à actual Direcção, presidida pelo Professor Doutor Jorge Valadares.
Recomendamos que se cultive o regionalismo e se ponha em prática a solidariedade transmontana, apoiando os concidadãos mais desprotegidos.
Saudamos ainda todas as Casas Regionais Transmontanas, de Guimarães, Porto, Rio de Janeiro e tantas outras que nos prestigiam a todos; sem esquecer as do Minho, Beiras e outras regiões..
Artur Monteiro do Couto
OS BURROS NA CULTURA PORTUGUESA
Esta temática pode ser entendida em sentido literal e sentido figurado, fazendo uns trocadilhos entre a inteligência e acção de alguns humanos menos dotados e os autênticos burros de quatro patas.
Comecemos por alguns provérbios:
« Vozes de burros não chegam ao céu».
« Um burro carregado de livros é um doutor»
« Quanto mais lhe puxas pelo rabo mais ele anda para a frente»
« Burro velho não aprende línguas…»
«A burro dado não se olha ao dente...»
«Quem acredita num burro, mais burro é…»
« Aquele está a andar de cavalo para burro…»
« Foste um grande burro, quando acreditaste naquele amigo…»
Pelos serviços prestados ao Homem, ao longo dos tempos, e pelas funções que ainda desempenham na actualidade rural é que se criou em Terras de Miranda a AEPCA- Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino.
Na minha aldeia, os burros de quatro patas estão a substituir os bois, no trabalho dos campos, associados aos seus familiares próximos, os cavalos.
Mas são todos bem tratados e podem sentar-se lado a lado nos bancos do parque.
Engraçado, que é bastante utilizada a linguagem gestual, como se vê pelas orelhas do animal. Este, de vez em quando, dá uma sessão de cantoria quando se aproximam as burras.
Pelas lições culturais e por todos os serviços prestados à humanidade, estamos do lado dos que defendem a « Fé nos Burros em Alfândega da Fé» e da AEPCA.
Quanto aos burros em sentido figurado, devem ser banidos das funções que prejudicam a sociedade dos homens bons e honestos.
Os provérbios dão-nos bons ensinamentos.
Artur Monteiro do Couto
PREPARANDO A BOLA DE CARNE
A forneira vai mexendo a lenha a arder para aquecer o forno e colocar as brasas à entrada.
O FORNO COMUNITÁRIO EM TERRAS DO BARROSO foi o ponto de partida, ao mesmo tempo que os longos serões de Inverno, para que a tradição oral transportasse muitos dos saberes das vivências reais, das fantasias e contos de buxas e bruxedos nas aldeias portuguesas.
Ao calor destas brasas,o pão, os folares, as sardinhas, os pimentos, os cabritos e cordeiros e tantas outras iguarias eram e continuam a ser verdadeiros manjares dos deuses.
E a tradição continua, mais no plano gastronómico na aldeia de Sapiãos, Boticas, Portugal pelo saber e sabor de pessoas como a D. Alice.
Artur Monteiro do Couto
GUERREIRO CALAICO A SERVIR DE PALHAÇO NO PARQUE DE LAZER
ESTALAGEM DE CARVALHELHOS ENCERRADA E DESILUSÃO dos CLIENTES
Há cerca de um ano abriu ao público com a chancela da Itineris.es e Itineris.pt o parque de lazer em Carvalhelhos com o patrocínio do Município de Boticas e apoios financeiros comunitários. Quando visitàmos em Agosto 2009, pela primeira vez,o Parque de Lazer, adiantámos a sentença aos funcionários:
- Se não integrarem o Miradouro da Serra do Leiranco no projecto, a falência será certa e breve. Sem grande espanto, faliu antes de um ano de vida.
E como uma desgraça nunca vem só, com surpresa, ali a dois passos, a Estalagem de Carvalhelhos fechou, para espanto e indignação dos clientes que não foram previamente avisados.
Entretanto as águas continuam a ser vendidas e os euros a saltarem para o Brasil, onde vivem os proprietários da empresa. E o Parque de Lazer continua a ser publicitado em grandes cartazes.
Esperemos que os dinheiros públicos sejam melhor geridos e que se não induzam em erro os Turistas.
Artur Monteiro do Couto
Hotel de Vidago Quase a arder em Agosto 2010
OS INCÊNDIOS E OS ILUSTRES SÓ DE NOME
Numa altura em que alguns concelhos de Portugal poderiam ser chamados de «terra queimada» ao vermos as imagens dantescas e brutais de pessoas a lamentar-se pelos prejuízos de que foram vítimas e as chamas a destruírem o «slogan turístico -somos naturais por natureza»,esvaziando por completo a apregoada beleza das paisagens feita durante anos como centro de atracção dos possíveis visitantes à região.
E agora ? perguntamos nós.
Quem são os maiores culpados de tudo isto?
- Os alcoólicos? Talvez. Os malucos? Talvez. Alguns ricos desonestos para valorizarem os seus terrenos? Talvez. E os senhores da gravata responsáveis pelas autarquias e pelo Governo global do país, eleitos pelo povo que, agora, chora pelo seu infortúnio? Certamente que sim. E muitos dos que, inconscientemente, contestam a construção das barragens em troca da defesa de uns mexilhões ou de outras espécies de validade discutível para o interesse da natureza? Também levantam dúvidas a tímidos e ignorantes. São horas de convidarem a Senhora Ministra do Ambiente «... Pássaro» a vir a Boticas salvar os «mexilhões» porque as águas poluídas do rio Beça podem estragar-lhes o ambiente, envenenar-lhes a água e lá se vai embora uma das mais-valias de Portuga, segundo alguns, que agora ficaram de longe a ver tudo a arder sem irem ajudar os Bombeiros .
- Os Bombeiros se morrerem, ficarem aleijados para toda a vida e as populações ficarem na miséria..., tudo isso é secundário face à preciosidade dos 12 mexilhões... do rio de Boticas (Portugal dos pequeninos)...
Pobre Portugal que, por este caminho, vais ficar cada vez mais pobre e aos novos mendigos, mais não resta do que procurarem nova morada noutros países que um dia não corram com eles como está a acontecer com os ciganos romenos.
Observem estas imagens e depois comentem-nas:
Manifestamos a nossa solidariedade para com os que estão a sofrer.
Artur Monteiro do Couto