LISBOA ABRAÇADA À MARGEM SUL DO TEJO LIGADA PELOS BARCOS
«É linda, equilibrada, perfeita, a Praça do Comércio.
Nem grande nem pequena; exactamente como deve ser, com a elegantíssima estátua de D. José, a cavalo, tendo o arco da rua Augusta por fundo, e a emolodurá-la todos aqueles edifícios austeros e sólidos, apoiados elegantemente nas arcadas que formam um corredor por baixo deles.
Aquela praça faz-me lembrar o terramoto de 1 de Dezembro de 1755, que destruiu quase toda a cidade e se fez sentir nos arredores, num muito vasto círculo, chegando mesmo a sentir-se e a fazer graves estragos, por exemplo, em Alcobaça. O terramoto alterou a fisionomia de Lisboa de então, em especial na zona baixa que vai do rio ao Rossio; além dos edifícios que ruíram com o tremendo abalo, muitas casas e igrejas arderam; porque era dia de Todos- os- Santos, em muitas das casas, se não praticamente todas, ardiam lamparinas e velas frente aos santos de devoção de cada um, e porque eram mais ou menos nove horas da manhã, muitas igrejas estavam profusamente iluminadas com círios (não havia ainda electricidade) e estavam em plena hora dos serviços religiosos.
Na época, a madeira entrava em grande escala na construção; as casas, muito velhas e muito juntas, arderam umas após as outras; bombeiros não existiam, pelo menos organizados como agora. As casas não tinham água canalizada, era preciso procurá-la nos fontanários e acarretá-la em baldes e barris... Lisboa ardeu, como arderam e arderiam muitas cidades então: livremente, ao saabor do vento e da fantasia das chamas.»-(Margarida Ofélia, in «A Águia Ferida»
As ruínas do Convento do Carmo, espreitando elegantes no seu Gótico
simples, testemunham esse acontecimento histórico de má memória mas que, a partir das cinzas, fez renascer a beleza que vemos, parcialmente, na imagem recolhida ao pôr do sol de um dia de Abril 2012, do cimo do elevador de Santa Justa, um miradouro de excelência da Cidade das Sete Colinas.
Observando a fotografia, fazemos uma ideia da beleza que se espelha no rio Tejo,
vindo de Espanha, e que depois de ter percorrido encantos de Portugal se associou à epopeia do encontro da Ibéria com o novo mundo. E desse «Novo Mundo» vieram as riquezas da Índia, as pedras preciosas, ouro e diamantes do Brasil.
Diz-se que o palácio que existiu no actual Terreiro do Paço, era o mais rico e fabuloso palácio da época na Europa, por reunir maravilhas e preciosidades desde o tempo de D. Manuel a D. João V. Tudo ficou arrasado naquele trágico dia santo.
Mas redobrou o talento, a fé e a esperança de que os Homens que rasgaram os mares para os transformar em autoestradas de ligação a todos os Continentes, haviam de restaurar e tornar mais bela a capital que marcou encontro com os Povos desconhecidos e que ficaria para sempre disponível para os receber e amar.
O convite fica renovado, a ricos e pobres; mais cultos e menos cultos; na Casa Portuguesa cabem todas as gentes, com amor.
Artur Monteiro do Couto
Canta, canta, amigo canta;
Vem cantar a nossa canção;
Tu sozinho não és nada,
Juntos temos o mundo na mão.
O associativismo, enquanto forma de organização social, caracteriza-se pelo seu carácter, normalmente, de voluntariado, por reunião de dois ou mais indivíduos usado como instrumento da satisfação das necessidades individuais humanas (nas suas mais diversas manifestações, sejam elas culturais, académicas, humanitárias, tendo em vista objectivos de solidariedade social, nas mais variadas vertentes.
Poderemos dizer que este espírito de colaboração e de organização acompanhou sempre a sociedade humana.
Em Portugal, o Associativismo não lucrativo e as instituições de solidariedade social, poderemos afirmar que nasceram com a fundação da nacionalidade. Tenhamos em conta o apoio de base nas Comunidades Cristãs. Antes das Misericórdias fundadas em 1492 e a de Lisboa em 1498, pela rainha D. Leonor, vieram os albergues, as hospedarias, as obras de libertação dos cativos, as mercearias (para atenderem as senhoras de condição social decaída). As Misericórdias, passados mais de cinco séculos ultrapassaram as fronteiras portuguesas e a sua influência de bem-fazer acompanhou a Expansão Ultramarina iniciada no século XV, com a intervenção dos missionários.
No dia 31 de Maio dedica-se a data ao Associativismo Nacional rendendo-se homenagem a todos os cidadãos / cidadãs que têm dedicado o melhor da sua vida ao voluntariado nas actividades mais variadas: assistência aos mais carenciados, visitando os doentes em casa ou nos hospitais, trabalhando como os Bombeiros no socorro aos sinistrados, apagando incêndios nos centros urbanos ou defendendo os ecossistemas. Os participantes nas actividades de cultura e recreio, nomeadamente nas bandas musicais, ranchos folclóricos, escuteiros, Universidades Seniores, etc..
Queremos também realçar os benefícios do Associativismo económico, cujos êxitos têm sido realçados para serem ultrapassados os malefícios da degradação económica em que o país se encontra por causa do individualismo egoísta do salve-se quem puder. Se não se criar riqueza também se não poderá distribuir, por mais que se grite nas ruas ou greves que se façam.
Temos de cantar a mesma canção da solidariedade, da justiça e do respeito mútuo para que o Povo volte a sorrir e a retomar o gosto pela vida. Os meses que se aproximam são meses festivos de norte a sul de Portugal. Participemos nas festas com a esperança de que unidos e associados em solidariedade o sol voltará a despertar-nos para dias felizes.
Realçamos todos os Municípios que apoiam as Associações, como vai fazer a Câmara Municipal do Barreiro (CMB) que vai assinalar o Dia Nacional do Associativismo, homenageando as instituições centenárias do concelho com Bandas de Música, entre elas a Sociedade Filarmónica Lavradiense. (www.popularfm.com)
(ONGs) – são organizações não governamentais. Os associados têm objectivos comuns, sem finalidade económica. (Ver artigo 53 do Código Civil Brasileiro).
A terminar, recomendamos: Não se isole; participe nas actividades das associações e não esqueça:
Canta, canta, amigo canta;
Vem cantar a nossa canção;
Tu sozinho não és nada,
Juntos temos o mundo na mão.
Artur Monteiro do Couto
A FAMÍLIA PORTUGUESA CRESCEU,TRIUNFOU E EXPANDIU-SE PELO MUNDO
NA RTP 2, o programa apresentado no dia 15 de Maio por Fernanda Freitas, profissional competente, simpática e de uma grande sensibilidade social, teve como convidadas pessoas de reconhecidos méritos em diferentes áreas do saber e do viver que focaram a importância das Famílias na construção de um mundo mais equilibrado e solidário, como está a acontecer, actualmente, em Portugal. Efectivamente, todos os dias temos notícias de filhos e netos que procuram apoio em casa dos pais e dos avós para buscarem solução para os momentos difíceis que estão a viver, muitos deles regressando aos campos para retirarem da terra, e DAS ESPIGAS DO CENTEIO ou do milho e do trigo, o pão que não conseguem comer nas cidades como fruto do seu trabalho, ou mesmo da caridade alheia. Nascemos no campo junto das sementes da terra arável e vivemos na capital de Portugal entre a burguesia abastada e os mendigos da era moderna que procuram alimentos pela calada da noite próximo de algumas igrejas e jardins, distribuídos por voluntários generosos que pedem a uns para distribuir a outros. Não é uma paisagem agradável, mas não podemos baixar os olhos e voltar as costas como se esta realidade não existisse. E os intervenientes no preferido programa disseram “verdades como punhos”. As Famílias tradicionais, com o sentido de amor com que foram criadas e se desenvolveram, são a última esperança para a desilusão e o fracasso em que muitos caíram e, na maior parte dos casos, sem culpa própria.
DIA da ESPIGA. No dia 17 de Maio, quinta-feira, era, e ainda é em muitas localidades, comunidades rurais irem visitar os seus campos na Festa da Quinta-Feira da Ascensão, cerca de quarenta dias após a Festa da Páscoa, e trazerem de lá ramos individuais como um símbolo de gratidão pelos frutos recebidos e que iriam receber nas próximas colheitas.
As ESPIGAS são o símbolo do Pão;
Os ramos da oliveira são o símbolo do azeite, da luz, da paz;
As flores das papoilas são o símbolo do amor e da vida;
Os Malmequeres simbolizam o ouro e a prata.
É habitual dizer-se: «a fé é que nos salva». E o Povo simples, sério trabalhador, que não é matreiro nem conhece linguagens nem comportamentos de trafulhices, sorri e canta na sua simplicidade. Os espertalhões que sabem tudo, que aprendem a enganar o próximo para se passearem em carros de luxo ou viverem na sumptuosidade não passam de uns vigaristas como há dias a TVI mostrou um bem conhecido dos homens da bola.
Em homenagem às Famílias, vamos citar a expressão de um voto sincero:
«QUE NENHUMA FAMILIA SE ABRIGUE DEBAIXO DA PONTE
QUE NINGUEM INTERFIRA NO LAR E NA VIDA DOS DOIS
QUE NINGUEM OS OBRIGUE A VIVER SEM NENHUM HORIZONTE
QUE ELES VIVAM DO ONTEM E DO HOJE EM FUNÇAO DE UM DEPOIS.
QUE MARIDO E MULHER TENHAM FORÇA DE AMAR SEM MEDIDA
QUE NINGUEM VA DORMIR SEM PEDIR OU SEM DAR SEU PERDAO
QUE AS CRIANÇAS APRENDAM AO COLO O SENTIDO DA VIDA
QUE A FAMILIA CELEBRE A PARTILHA DO ABRAÇO E DO PAO.»
E terminamos referindo o sentido do título:
Oxalá que todos nós portugueses cultivemos o espírito de uma verdadeira Família e união, onde haja Amor, Paz, Pão, Liberdade e o sentimento dos populares que se preparam para celebrar o DIA da Espiga no dia 17 de Maio e o DIA NACIONAL do ASSOCIATIVISMO no dia 31.
Só unidos venceremos as dificuldades que um dia poderão surgir a cada um de nós.
Artur Monteiro do Couto
JOSÉ MOURINHO E CRISTIANO RONALDO SÃO O ORGULHO DE PORTUGAL.
Diversos estudos de marketing têm avaliado o valor comercial
destas duas estrelas do futebol,
aliando os seus nomes a determinadas marcas de produtos.
Os números são milionários dada a popularidade mundial das duas personalidades.
Permitam-nos que comecemos por vos transcrever do melhor jornal
português,EXPRESSO de 5 de Maio de 2012, referências ao treinador campeão:
«Com uma carreira de apenas 12 anos como treinador principal,
José Mourinho já foi campeão em Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha e pelo caminho conquistou uma Taça UEFA e duas CHAMPIONS.
Dir-se-á: teve sempre as melhores equipas. Errado. Quando ganhou a Champions com o Futebol Clube do Porto, estava longe de ser a equipa mais valiosa. E quando ganhou com o Inter de Milão, o Barcelona era, à distância, a melhor equipa do mundo. Agora ganha o campeonato espanhol contra esse mesmo Barcelona, uma equipa extraterrestre. É uma vitória e tanto, contra tudo e contra todos, que prova que Mourinho é indiscutivelmente o melhor treinador do mundo.»
Há dias, quando lhe perguntaram se já estava saturado com tanto trabalho e tantos sucessos, respondeu: « Para mim, o pior mês do ano é Junho, porque está tudo parado. Gosto daquele ritmo de treinos e jogos». «Trabalhámos para oferecer o máximo de alegrias a todos os adeptos». E depois da vitória em Espanha, esqueceu as arrelias que teve quando ouviu e viu alguns associados do Real Madrid assobiar Cristiano Ronaldo, o seu melhor jogador, considerado, por muitos, o melhor jogador do mundo, ofensas a Coentrão ou o a falta de apoio nos jogos realizados em Santiago Barnabéu (Madrid).
Finalmente, associados, simpatizantes e jornalistas, todos se renderam aos méritos de quem iniciou o campeonato em primeiro lugar e em primeiro lugar terminou.
Cristiano Ronaldo é o jogador que possui o maior valor comercial
a nível mundial, considerando os seus méritos desportivos, já considerado o melhor jogador a nível mundial e ganho duas botas de ouro, e as suas qualidades humanas de simpatia e elegância. Ele foi o verdadeiro motor da equipa, ignorando os ingratos e invejosos.
Portugal orgulha-se destes dois cidadãos que transpuseram as suas fronteiras e lembraram ao mundo que ainda há hoje Portugueses dignos daqueles que a partir do século XV deram novos mundos ao Mundo, com os Descobrimentos.
Artur Monteiro do Couto