À CONSIDERAÇÃO dos “PARTIDOS DOS VERDES”
LUTO PESADO EM PORTUGAL NORTENHO
O MUNDO DOS HUMANOS APROXIMA-SE DO FIM
Retrato da freguesia de Cerdedo, concelho de Boticas, no Barroso profundo, feito pelo Presidente da Junta de Freguesia, Fernando Pereira Gonçalves, um cidadão de grande formação humana. Ora vejam:
« Da freguesia fazem parte as aldeias de Cerdedo, Coimbró, Covelo, Virtelo e Casas da Serra. Esta freguesia situa-se nos terrenos a oeste do concelho de Boticas, é atravessada pela estrada nacional 311 e fica mesmo na divisão entre Boticas e Montalegre. Segundo os Censos 2011, há cerca de 145 habitantes numa área de cerca de 2396 hectares.»
«Tirando Cerdedo e Coimbró, as restantes aldeias da freguesia já não têm ninguém…?... Sim… Virtelo ainda tem duas pessoas; Casas da Serra tem lá uma pessoa e em Covelo já não vai lá ninguém…»~
«Apesar de viver lá só uma pessoa em Casais da Serra, costumo passar por lá com frequência para saber se está bem ou precisa de alguma coisa…(Este local ficou célebre pela falta de electricidade até há pouco tempo).
Obras a realizar em Coimbró(2013): transformar o edifício da escola em Casa mortuária, e sala de reuniões para juntar as pessoas. A única obra que estamos à espera de fazer na sede da freguesia é um acesso principal para veículos mais largos (camiões).
A principal actividade económica da freguesia é a agricultura e a pastorícia: cabras e vacas, ainda há bastantes.
O passatempo mais utilizado é a caça.
«Horários de atendimento dos vizinhos: a qualquer hora do dia ou da noite.»
Elementos extraídos de uma entrevista da jornalista Catarina Garcia, publicada em «Ecos de Boticas».
Sem queixumes nem azedumes, temos aqui um espelho da realidade da maior parte das aldeias transmontanas.
A gente serrana pensa na «casa mortuária» para receber as lágrimas da despedida das aldeias onde nasceram para muitas tristezas e muito poucas alegrias. Por isso é que a juventude vai e não volta mais. E a «democracia» dos privilegiados dos grandes centros está-se nas tintas para que os camiões não possam entrar nas aldeias para transportar os produtos da terra.
Resposta à última pergunta:
«Só a vista já vale muito! … Só pelo verde da natureza já vale a pena vir visitar-nos»
Atenção aos “Partidos dos Verdes” de toda a Europa.
Estudem esta recomendação do Presidente da Junta porque pode ser uma óptima proposta para quem ama a natureza, as paisagens e tem dinheiro para vir aqui passar as férias, nem que seja nuns palheiros e saborear os produtos naturais, cem por cento biológicos.
Artur Monteiro do Couto
arturcouto@clix.pt
«Quem espera por sapatos de defunto anda toda a vida descalço».
É assim que o Povo analisa as promessas na sua sabedoria secular.
Ou «Quando a esmola é grande, o povo desconfia».
POÇO DAS MINAS DE OURO ROMANAS EM PORTUGAL
Vem isto a propósito das sucessivas promessas que se têm feito sobre a possível exploração das antigas Minas de Ouro romanas do Poço das Freitas localizadas no Vale do rio Terva, (Boticas-CHAVES) com o beneplácito da Direcção Geral de Energia e Geologia e com a visita ao local pelo Secretário de Estado, Artur Trindade. Foi dito que o valor estimado do ouro ali enterrado que é de2,5 mil milhões de euros.
- Simultaneamente, surge a Universidade do Minho interessada em estudar o “Parque Arqueológico do Vale do Terva que se estende por uma área de 58km2, envolvendo cinco aldeias: Ardãos, Bobadela, Nogueira, Sapelos e Sapiãos, com uma população actual a rondar os 2.300 habitantes.
Tenho todas as razões para não acreditar, com a população local, nestas esperanças vãs, porque de «falsas promessas está o inferno cheio». Se têm sido desprezadas coisas fáceis e baratas, vai agora o Governo mendigo e empresas falidas investir no hipotético?
- No que me diz respeito, como cidadão que sempre defendi os interesses dos meus vizinhos e amigos sem nada receber em troca, a viver numa das duas cidades da Europa melhor classificada pelos turistas, sempre defendi o Rio Terva, açudes no referido rio que permitissem o “lazer”, regas dos campos envolventes, e “postos de abastecimento para “Bombeiros e helicópteros.” Tudo isto foi desprezado e foram-se gastar avultadas somas no Parque da Itineris em Carvalhelhos, abandonado e arruinado menos de um ano depois.
E ironia do destino, logo a seguir fechou a Estalagem de Carvalhelhos.
Entretanto, foi posto de lado o projecto da Serra do Leiranco, o verdadeiro suporte do Vale do Terva, e posto de vigia do Alto Tâmega. Estas obras por mim defendidas são todas baratas e não dão grandes despesas nem grandes lucros a quem as fizer ou promover. Mas podem dar muito bons resultados turísticos e agrícolas imediatos a quem lá vive ou queira gozar momentos de prazer saudáveis. Chaves mora ali ao lado e acorda com as imagens saídas do contraforte do Leiranco que tem o suposto ouro a seus pés.
Contentamo-nos com pouco; “valem mais “cinco” na mão do que “dez” a voar.
Preferimos a valorização da fauna e da flora 487 e dos recursos ao alcance das populações, que as têm feito sobreviver.
«Promessas não pagam dívidas». Aproximam-se eleições... não queiram vender mais ilusões.
Ouçam mais os Presidentes das Juntas das Freguesias.
Artur Monteiro do Couto
«É UM CORNO RETORCIDO QUE POR MAIS VOLTAS
QUE LHE DÊEM NUNCA MAIS O ENDIREITAM».
Assim ma definiu o professor Miguel Agostinho, zangado com quem deixava as suas aldeias ao abandono, em tempos que já lá vão…
- Os tempos rodaram;
vieram revoltas, revoluções, greves, sucessivos Governos, promessas e desilusões. Lá diz o “Povo: Fica-te mundo cada vez a pior”… e o mundo português é prova disso. «Casa onde não há pão, todos ralham ninguém tem razão». E o pior é que alguns dos que mais berram são os que têm a fama de rapinar mais e de se deitarem mais vezes nas praias do Mediterrâneo…desde Portugal, passando pela Espanha, França, Itália, Grécia, Chipre, etc….
- Também estudei “Ciência Política” na Faculdade de Direito de Lisboa, mas à medida que o tempo vai passando,
não sei se deva acreditar mais na «política do corno da vaca de Barroso» ou nas “ Teorias” que aprendi que nem tetas conseguem arranjar para amamentar os “putos” famintos de países profundamente decorados de vaidades - (peneiras-no Barroso transmontano).
E não se desculpem com as "TROIKAS", que não pedem a ninguém para irem em socorro dos desgovernados. Cada um de nós tem de assumir eventuais culpas.
A M C
COLCHÕES DE PALHA CENTEIA A CONDENAÇÃO DOS POBRES CAMPONESES
Será que tantos reformados e funcionários no activo
ficariam assim tão zangados por deixarem de ir passar umas férias
em “Cruzeiros” e “dormirem em hotéis de cinco e sete estrelas”
, ou passarem a lua de mel em colchões luxuosos e sofisticados, enquanto há tantas crianças ainda a dormir e a mijar nos colchões de palha de centeio, como este que fotografámos no Museu de Bobadela, em Boticas, Trás-os-Montes?
Quem entende a apregoada solidariedade de tantas damas e cavalheiros a gritarem nos comícios, na Assembleia da República e nos meios de comunicação social, com o medo de passarem menos umas noitadas nas “boites”, contra quem não quer que os miseráveis continuem a ser ainda mais explorados?
HÁ muito «boa e má gente» que pensa que um dia os Alemães, Suecos e outros europeus lhes virão pagar a vida de facilidades que criaram… - puro engano. Há que produzir, poupar, investir e saber ser solidário com os sem abrigo ou que são criados a dormir e a mijar nos colchões de palha. Não haverá nenhum tribunal que tente ajustar estas desigualdades entre quem tem os mesmos direitos perante a Lei? O problema está, exactamente, em uns pais e filhos pobres não terem os mesmos direitos, na prática, que os que têm reformas e vencimentos à rica, com estimados e bons protectores.
SOU um dos que vai receber; sem reclamar, nem pertencer à classe dos ricos.