Foto de ArturCouto
EM FRENTE À PORTUGÁLIA NA AVENIDA ALMIRANTE REIS (LISBOA)
«Grafite ou grafito1 (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente, o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais,2 mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, equiparando o grafite à pichação,3 Grafitar próprios públicos ou privados, sem autorização dos respectivos proprietários, é atividade proibida por lei em vários países.»
(VIKIPEDIA)
Perante a imagem que temos na nossa frente, penso que todos diremos:
- abençoados Artistas do Império Romano que transformaram ruas de paredes imundas em Centros de Arte, gratuitos, belos, vistosos e sempre disponíveis para ricos e pobres, cultos e incultos, como está a acontecer em Lisboa, em diversos muros e túneis, alguns, de passagem obrigatória para peões.
È preciso distinguir o trigo do joio, isto é, os arruaceiros da política, chamados de pinta-paredes que se limitam a escrever insultos - dos verdadeiros artistas.
Deixamos uma sugestão aos Presidentes das Juntas das Freguesias: - Escolham os espaços públicos degradados e convidem e retribuam os Artistas que espalham beleza pelas cidades.
Artur Monteiro do Couto
Foto de Fiães do Tâmega -Portugal
« CASA TÍPICA DE PEQUENO LAVRADOR »
«Ao romper da manhã, o Alcino acordou. Pôs-se à escuta.
Não chovia. Pela clarabóia e frinchas da janela entrava difusa a claridade. Aspirou o ar pesado do pequeno quarto e espreguiçou-se. Deitou a roupa para o lado. Olhou para a feliz consorte que dormia. A ele, também lhe apetecia ficar mais um bocado a "chocar os ovos". Mas não o podia fazer. Tinha que ir pensar o gado e ver a tornada do lameiro do “Fojo.”
Saltou para o sobrado. Com os pés firmes, depois de atar os atilhos das ceroulas, vestiu as calças e a camisa. Enfiou os pés nos tamancos e, apressadamente, dirigiu-se a um canto do pátio.
Regressou ao piso superior. Dirigiu, depois, os passos para a varanda. Ali, lavou a cara numa bacia de esmalte encatrafiada num lavatório de ferro. Após a lavagem, rápida, lançou a água pela varanda para o pátio. Limpou-se a uma toalha de estopa. Mas tremia. Dos lados de Barroso, um vento glaciar que cortava como navalhas de barba. Foi ver-se a um espelho dependurado num prego, espetado num dos pilares de madeira.
A casa do Alcino era a típica casa de pequeno lavrador.
Era composta, no rés-do-chão, por um amplo pátio e as lojas dos animais. Ao fundo, debaixo do coberto, recolhia o carro, o arado, a grade, os ladranhos e outras alfaias agrícolas. Numa divisória lateral mais pequena, construída com tábuas a trouxe-mouxe, arrecadava as molhelhas, o jugo, as sogas, as cordas, a gadanha, o gadanho, as seitouras, o machado, as sacholas, a enxada, etc… Do lado oposto, por debaixo do alpendre, ficavam as coelheiras e a arrecadação da lenha.
Na margem esquerda, as duas portas que davam para as cortes separadas; uma, para os bois e outra para o burro e as ovelhas. Do lado de fora, logo à direita de quem subia, uma outra porta que dava para a pequena adega.
Depois de um lanço de oito escadas de pedra, ficava o patamar.
Entrava-se numa varanda de madeira onde, dependurados a esmo, se viam objectos como: chapéus de palha, espigas de milho, duas seitouras velhas e ferrugentas, uns alforges, a albarda do burro, um casaco cheio de remendos, um espelham a que já aludimos, o lavatório com a respectiva bacia, um jarro sempre com água e um regador.
Ao fundo, em paredes – meias com a casa do Celestino, ficava um pequeno compartimento que, em caso de necessidade, servia para quarto de hóspedes
inesperados. Vasos de barro, dois penicos rotos, dois caixotes de sardinhas, três latas velhas e outros recipientes com terra, ornamentavam o frontispício com sardinheiras, manjericos e craveiros. Tudo colocado sobre uma tábua sustentada pelas colunas de pedra, na parte exterior do peitoril. A meio da varanda, para o interior, uma porta que dava para a divisão principal da casa e que servia de cozinha, sala de jantar e arrumação. Lateralmente, à direita, quando se entra, ficam os dois quartos de dormir, separados por um tabique de madeira. Num deles, dorme o casal e no outro os dois garotos. Eram muito semelhantes estes dois quartos, rusticamente mobilados com a cama, o baú (no do casal) e, pregadas na madeira, pagelas de Nossa Senhora da Livração e do Senhor do Monte. Também há um lugar mais enegrecido que corresponde ao prego onde se pendura a candeia. Em pregos caibrais, pendurados, os cabos das cebolas. Iam ficando aliviados à medida que o Inverno corria.
Debaixo da cama, os bacios de barro, para suprir as necessidades prementes durante a noite.
No que concerne à cozinha, a divisão principal, todo o mobiliário lá cabia à vontade e com segurança. Ladeando a lareira, dois escanos serviam de assento e mesa para tomar as refeições, no Inverno. Era agradável jantar e cear com o doce calor da lareira.
Por cima, os lareiros com o fumeiro eram uma tentação para os garotos e para os gatos.»
« Os Carreteiros »
Porfírio Maio Agostinho
RECORDE a vivência e obra do escritor ( N.1947- F 8 Setembro 2003)
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Habitualmente, as pessoas aquecem-se ao calor das lareiras,
das fogueiras ao ar livre, com aquecedores eléctricos, entre eles o ar condicionado, e com corpos contra corpos ou cobertos por mantas e liteiros; isto, em casa, e à maneira do Norte de Portugal.
Acontece, porém, que nas Vilas e Cidades transmontanas onde o “animal porco é rei” as temperaturas gélidas são transformadas em temperaturas febris, quase a atingir os 40 graus, quando jovens e elegantes donzelas pisam os palcos das festas só com “as partes feias” cobertas, “partes feias” foram assim designadas algumas por Luís de Camões quando os descobridores encontraram as nativas da África e da Ásia dispersas pelas “Terras que foram Descobrindo…”
Nas “Festas do Fumeiro” celebradas agora em época de pleno “ Inverno”, desde Boticas, Montalegre, Chaves, Mirandela, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Vinhais, Macedo dos Cavaleiros e muitas outras regiões, todas transmitidas para todo o Mundo pela RTP i, TVi, SIC, Blogues, Facebook e outros meios proporcionados pela Internet, temos acesso a imagens verdadeiramente surpreendentes: espectadores/espectadoras, cobertos com grossos casacos a evitar os tais ventos frios de quem se diz que “da Espanha, nem bom vento nem bom casamento”; e logo que as estrelas dos espectáculos aparecem com todo o esplendor físico a cantar, tocar e dançar, os cavalheiros friorentos começam a desapertar os casacões, a bater palmas e o calor de qual sol equatorial parece entrar-lhes pelos olhos … grandes mudanças se operam nestas “Festas do Fumeiro”. Dá-se o milagre da transformação dos humanos por comando à distância.
Nos intervalos, saboreiam-se as alheiras, os salpicões, o pão centeio, bebe-se do branco ou do tinto, do grosso ou do fino, com ginjinhas e doces à mistura.
Festa é festa e cada um goza à sua maneira.
Parabéns aos Mordomos
Artur Monteiro do Couto
A PRIMAVERA É UMA NOVA ESPERANÇA DE BELEZA,
AMBIENTES PERFUMADOS E ALEGRIA
ESPLANADA NA PRAÇA MAIS BELA DA EUROPA -DIZEM JORNALISTAS DE TURISMO
(TERREIRO DO PAÇO - RUA AUGUSTA (EM LISBOA)
Depois de um Inverno maldoso a fustigar violentamente pessoas e bens, assistindo-se a uma autêntica revolução entre o Mar e a Terra, começamos a ser acalentados pela esperança do regresso à tranquilidade e formosura da natureza.
A Primavera do hemisfério norte é chamada de "Primavera boreal" e a do hemisfério sul é chamada de "Primavera austral".
A "Primavera boreal", no Hemisfério Norte, onde nos encontramos, tem início a 20 ou 21 de março e termina em 21 de junho.
A "Primavera austral", no Hemisfério Sul, tem início a 23 de setembro e termina a 21 de dezembro.
Nas cidades, vilas, aldeias ou campos, tudo convida ao descanso, à paz, a ouvir cantar os rouxinóis e a escutar a poesia que vai saltitando, feliz, de pedra em pedra, ribeiro abaixo.
A TRANQUILIDADE E BELEZA DA ALDEIA BARROSÃ DE SAPIÃOS... (CHAVES)
EM SAPIÃOS (BOTICAS),- aldeia transmontana -com um misto de antigo e modernidade,
Ou maravilhado a contemplar a beleza e o conforto da
Rua Augusta ou a saborear nas esplanadas do Terreiro do Paço em Lisboa, a Praça mais bela da Europa, segundo dizem os Jornalistas peritos em Turismo de viagens, refrescando-se com bebidas e prazeres gastronómicos mediterranicos de se lhes tirar o chapéu,
Renovemos a esperança e alegria. A Primavera aproxima-se a passos largos.
PORTUGAL ESPERA POR SI
Artur Monteiro do Couto