
Guerreiro encontrado no castro do Lesenho, em Boticas (Portugal).
Reconstituição de uma casa do Castro de Santa Tecla (Espanha).
Para fazer uma ideia mais correcta dos laços profundos que ligam o Norte de Portugal e a Galiza, aconselhamos que vejam um documentário histórico importante observando um vídeo que dura cerca de 10 minutos, com imagens da realidade céltica que herdámos e bela música, em
Ao analisarmos opiniões de vários historiadores, conclui-
-se que é infeliz a classificação de Cultura Castreja, mas sim, que os Celtas viveram em castros como o que vemos na imagem e noutros como o de Briteiros, Carvalhelhos (recuperado), em Sapiãos, etc..
«Podemos, assim, e ao mesmo tempo, sem complexos, ser galegos, portugueses, celtas, europeus e cidadãos do mundo.»
Os Celtas foram um Povo capaz de emigrar por todo o mundo antigo conhecido, impondo as suas línguas e ideias a outras povoações e ao mesmo tempo assimilar e integrar influências diversas na sua cultura.
Dentro do vasto território europeu que dominaram, há uma região - A Gallaecia (que abrange a Galiza e Norte de Portugal, onde a influência céltica é mais evidente). Foi a partir daqui que nasceu Portugal.
Não vamos fazer mais considerações. Apenas queremos dizer que as populações de todas as épocas foram emigrantes em busca de melhores condições de vida. Umas vezes, pacificamente, outras vezes, à pedrada,
à paulada, com ferros e tudo o que podia atemorizar os povos instalados para que eles (invasores) se instalassem também onde podiam ter melhor qualidade de vida em segurança. A Península Ibérica era rica em recursos naturais: florestas, madeira, frutos silvestres, animais, pela água dos rios, pelo peixe dos rios e do mar, riquezas do subsolo – pedras e metais tão importantes para o fabrico de instrumentos.
Foi o que aconteceu com todos os povos que se instalaram na Península Ibérica. Agora, nos nossos dias, não se percorre a Europa com os rebanhos conduzidos pelos pastores. Vai-se de comboio, de automóvel ou de avião à procura de melhor qualidade de vida nos diferentes países; não à pedrada, com varapaus e outras armas, mas com inteligência, competência profissional, com a cultura própria, disponíveis para aceitarem a dos países onde se vão inserir e a riqueza dos mesmos.
E a grande lição a tirar destes encontros, como o realizado em Boticas, nos dias 8, 9 e 10 de Maio, sob o lema «Nas alturas dos Celtas, Boticas no tecto do Mundo», é que todos somos pessoas que nos devemos apoiar mutuamente, com respeito pelas diferenças e não trairmos a verdade histórica, exaltando uns Povos e diminuindo outros.
«Procurar mais documentação sobre os Celtas em Portugal, no Google.pt»
Artur Monteiro do Couto