UM NOVO OLHAR SOBRE A CHINA EM TERRAS DE BARROSO
Ao longo dos séculos, a China, o país mais populoso do Mundo e senhor de uma cultura riquíssima, sempre atraiu as atenções de Portugal a partir da Expansão Ultramarina no século XV, tendo sido assinalada a presença e simpatia lusa com a oferta temporária de uma pérola denominada Macau.
No século XXI, as rotas inverteram-se e os interesses mútuos têm outros contornos. Ninguém quer dominar ninguém. Apenas se abrem perspectivas de casamento de interesses económicos e culturais, com respeito pelas leis que regulam o são convívio. Na cidade da qual partiram as Caravelas, convivo, quase diariamente, com a simpatia, dedicação e o trabalho honesto desses cidadãos que comercializam produtos “vindos de longe, de muito longe…” e colaboro graciosamente com eles, nem que seja a escrever algumas informações, em Português, para afixarem nas portas dos seus estabelecimentos comerciais. Somos todos cidadãos do mundo e importa que, de mãos dadas, o tornemos mais justo, tendo como lema os Direitos Humanos.
De norte a sul de Portugal, parece-me que já não há vilas nem cidades onde o comércio de produtos chineses não esteja presente. E já chegou mesmo às Terras distantes do Barroso. No presente mês de Setembro, a convite do Presidente da Câmara Municipal, o Senhor Embaixador da China, em Portugal, deslocou-se a Boticas para inaugurar uma exposição de “Instrumentos Musicais Chineses”, no dia 7 (sete).
Os visitantes mostraram-se surpreendidos e curiosos. Foi pena que não houvesse alguns executantes que fizessem demonstrações. A exposição teria uns efeitos mais consistentes e inesquecíveis.
Registamos, com agrado, este intercâmbio de uma região minúscula com um gigante do mundo. São novos sinais do Mundo Global que se está a construir.
Artur Monteiro do Couto