IGREJA DE SANTO ANTÓNIO NO BRASIL
OURO PRETO FOI A PRIMEIRA CIDADE BRASILEIRA
E UMA DAS PRIMEIRAS DO MUNDO, A SER DECLARADA PATRIMÓNIO DA
HUMANIDADE PELA UNESCO.
Isto orgulha-nos a todos nós – Portugueses e Brasileiros – porque, aliando a riqueza aurífera local à sabedoria dos colonizadores, ao trabalho árduo dos nativos e à inteligência de todos, construiu-se, ali, em OURO PRETO, junto às minas de ouro, o melhor e maior Museu do Brasil e de Portugal. Toda a cidade é um Museu a Céu Aberto.
Os primeiros Mestres d´Arte partiram da Região de Braga e foi ali que iniciaram um dos mais importantes artistas brasileiros de todos os tempos, o célebre “Aleijadinho “-António Francisco Lisboa, cuja obra impressiona várias cidades pela beleza dos seus museus e igrejas. Passear pelas ruas centenárias é como viajar no tempo pela história de Minas Gerais. A Igreja de São Francisco de Assis e outras, o Museu da Inconfidência, do Oratório e a Casa dos Contos são algumas das muitas atracções. Todo o Estado de Minas Gerais tem um reflexo histórico directo de Portugal, tudo muito bem conservado e encantador. Está ali um testemunho vivo de que os Portugueses não estiveram lá só para rapinar o ouro.
MARIANA, primeira cidade de Minas Gerais revela aspectos característicos do Barroco. Essa arquitectura está representada na Praça Minas Gerais, onde estão lado a lado as Igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo.
Uma das atracções é o órgão Arp Schnitger, que está na catedral de Nossa Senhora da Assunção. Construído em 1701, na Alemanha, chegou a Mariana em 1753, como presente da Coroa Portuguesa. Hoje, é o único exemplar, dos trinta fabricados, existente fora da Europa.
A Cidade de CONGONHAS, a 89 Km a sul de Belo Horizonte, faz parte do Circuito do Ouro, guarda um dos mais relevantes conjuntos religiosos do Brasil colonial: o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Ali se destacam as estátuas dos doze profetas do escultor “Aleijadinho”, obra que em 1985, recebeu o título de Património da Humanidade, pela Unesco. Aqui está um verdadeiro Centro de Arte.
SANTUÁRIO do SENHOR BOM JESUS de MATOSINHOS – CONGONHAS.
Há uma relação muito próxima entre Museus brasileiros e portugueses, sob os mais variados pontos de vista, que não vamos enumerar, por serem muitíssimos. Direi apenas que o de Arqueologia está instalado no Mosteiro dos Jerónimos, As belíssimas igrejas e palácios, museu dos Coches, ricamente construídos e dourados, são um testemunho desse Ouro proveniente do Brasil.
Um jovem estudante de Ouro Preto, Bruno Figueiredo, quando num fim de tarde chuvoso e escuro, teve a gentileza de me acompanhar ao hotel, porque estava perdido, me disse que estava a fazer um “Curso de Museologia e Preservação do Património numa Universidade Norueguesa” porque queria elaborar um projecto de museu invulgar que correspondesse a todas as valências mineiras auríferas, históricas e patrimoniais existentes na sua terra natal. Espero que esse sonho se transforme, rapidamente, em realidade e que o exemplo dele seja seguido por outros Estados. Será um privilégio para Portugueses e Brasileiros demonstrar aos Estados Modernos que é em paz e fraternidade que se honram as origens e se constrói o futuro. As bombas, guerras e guerrilhas só servem para destruir e alimentar ódios e invejas.
Aqui deixamos um aceno de simpatia a todos os Brasileiros e lhes damos os parabéns pela maneira como preservam os seus Monumentos e se preocupam com o Ambiente. Testemunhei tudo isto há muito pouco tempo.
Acrescento ainda uma nota curiosa. No Bairro da Pampulha, foi inaugurado um casino num dia, com toda a pompa e circunstância, mas a mulher do Governador local, vendo que aquela actividade podia criar grandes problemas sociais, insistiu com o marido para que o mandasse fechar; e fechou memo no dia seguinte. Agora, nesse belo espaço está um Museu e, por mero acaso, fomos lá encontrar referências transmontanas. (Este testemunho directo, foi-me confirmado, há dias, pelo Dr. Armando Jorge Silva, um dos participantes na visita.)
Visite os Museus e os Monumentos Nacionais. E não se esqueça que muitas das igrejas e capelas das nossas aldeias e cidades foram construídas com o patrocínio de emigrantes residentes ou vindos do Brasil.
Artur Monteiro do Couto
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