CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO E O ALTAR
Contra a crise que se instalou na EUROPA, rezar, trabalhar, lutar; como se diz no Hino Nacional Português. Parece ser esta a receita que neste momento agrada a todos. Uns dirão que só Deus nos pode salvar das dificuldades que, dia a dia vão aumentar; Outros, mais radicais, dizem que é preciso lutar nas ruas contra os grandes interesses instalados e contra os Governos que estão a obrigar os trabalhadores pobres a pagar a falta de competência e os erros deles. Nota-se a falta de esperança, cada vez mais evidente, em dias melhores, e começam a ouvir-se referências ao que foi acontecendo durante a primeira República.
Então, o que fazer?
No dia 13, em Fátima, no encontro da Pastoral Social, o Papa pôs o dedo na ferida e deu sugestões.
O problema económico que preocupa todas as Nações tem como base a crise de valores humanos e cristãos que em tempos idos introduziram a cultura da liberdade, fraternidade e igualdade, como recomendou Jesus Cristo e a Doutrina Social da Igreja. Hoje, predomina a ânsia da riqueza, dos prazeres do animal sobre o racional, da vaidade de ser melhor e maior do que o outro; e apesar de grandes discursos das classes dirigentes, aumentam os sem-abrigo e os famintos pelas ruas das grandes cidades.
A Igreja tem aqui um papel social importante. É preciso dinamizar a esperança e colaborar com as Instituições Particulares de Solidariedade Social ( 2.700 de Bragança ao Algarve), com a CARITAS Nacional e Internacional, com o Banco da Fome, com outras organizações humanitárias e defender os princípios de justiça social, sem distinção de classes ou religiões, buscando perfeita harmonia entre patrões e trabalhadores. Só assim, contribuiremos para uma nova esperança onde se possa construir um Mundo mais equilibrado e feliz.
« Sede Vós Mensageiros da Esperança e do Amor junto daqueles que são vítimas dos que renegando as origens da solidariedade cristã, preferiram construir as sociedades modernas que dão primazia ao egoísmo e vícios de toda a ordem que descaracterizam a essência do ser humano civilizado.»
Artur Monteiro do Couto