O PRIMEIRO MINISTRO ESTÁ A SER COZINHADO DENTRO DO POTE
Segundo o Secretário-Geral da CGTP-INTERSINDICAL, Dr. Carvalho da Silva, participaram na manifestação de 29 de Maio 2010, 300 mil pessoas em Lisboa.
Foram repetidos os argumentos da defesa dos trabalhadores e classes mais desfavorecidas. Realmente, pelas caras e mãos da maior parte dos participantes, via-se que era gente humilde a manifestar o seu descontentamento contra os principais exploradores do sector financeiro, que estão na origem deste descalabro.
«A fome não tem Lei- diz o Povo» e um dos maiores empresários do País que fez as suas Empresas com muito trabalho e poupança- só troca de carro de 10 em 10 anos- disse bem alto que se Portugal não fosse bem governado, aos famintos só restava ir roubar para comer. Mas, infelizmente, parece que ninguém o quer ouvir. Ele e muita gente, dita rica, perita em negócios, são contra os grandes investimentos sem retorno, como o Comboio de alta velocidade- e em nome da defesa dos mais pobres votaram os Partidos de Esquerda. Francamente, quem entende isto? Diz-se por aí à boca cheia que esses materiais, muito sofisticados, não podem ser fabricados em Portugal porque deram cabo das fábricas a seguir ao 25 de Abril, como aconteceu à SOREFAME e que por isso os nossos operários pouco podem beneficiar. Então, como se justifica que diminuam o salário dos operários e os façam pagar mais impostos e retirem algumas regalias já adquiridas para pagar novas dívidas à custa dos desprotegidos e sem esperança de dias melhores?
Porque é que meteram o Primeiro Ministro dentro do pote como se se o estivessem a cozinhar como os porcos do Alentejo quando votaram ao lado dele numa obra que só lhes vai aumentar as desgraças?...Isto dá que pensar... .
Afinal têm ou não têm confiança no Governo. Pelo menos, o Povo tem de ser suficientemente bem esclarecido e não lhes dizerem apenas meias verdades. De outra forma não passará de ser um País a caminho da miséria, para mal de todos nós.
Nós somos a favor da justiça e da solidariedade social. Não esperamos tachos vindos de lado nenhum.
Artur Monteiro do Couto