«O RIDÍCULO NÃO MATA. MAS CUSTA IMENSO TEMPO E
DINHEIRO.»
O jornal EXPRESSO de 26 de Junho de 2010, na página 5 do Caderno de Economia, trazia um comentário relacionado com a suspensão da Barragem no Rio Beça, do concelho de Boticas, bem digno de ser conhecido por todos os portugueses:
Ora vejamos: « LONGA VIDA AO MEXILHÃO DO RIO!
O Ministério do Ambiente chumbou a construção da barragem de Padroselos no Alto Tâmega. Motivo:descoberta de que ali vive uma espécie em vias de extinção, conhecida por mexilhão do rio. Não sei o que mais admirar: se o Ministério do Ambiente que nunca tinha dado por que no Alto Tâmega se desenrolava este drama; se a Iberdrola, que ao investir ali, alertou para a tragédia; se o próprio mexilhão, que mesmo à beira da morte, conseguiu fazer ouvir a sua voz desesperada.
Interroga-se o leitor: mas que importância transcendente tem o mexilhão do rio para Portugal? Não se sabe. Mas o certo é que a Iberdrola, que já pagou € 303 milhões ao Estado português pela construção de quatro barragens no Alto Tâmega, ou constrói esta noutro local ou redistribui a potência das outras quatro por apenas três.
Isto, claro, se nas margens das outras não se descobrir uma raríssima pulga da areia está em vias de extinção…
Decididamente, o ridículo não mata. Mas custa imenso tempo e dinheiro.
Nicolau Santos» -Director-Adjunto do EXPRESSO
Leia com atenção estas considerações feitas por um grande economista e busque nas entrelinhas porque muito boa gente está calada, sobre uma decisão ridícula.
Qualquer dia, envenenam os mexilhões, se é que lá existem e nem mexilhões nem barragem. É que eu, tinha talvez, uma dúzia de anos, apercebi-me, vendo, que um homem envenenava os peixes no rio Beça…Fiquei triste com o que vi, mas fui apanhado de surpresa e nada pude fazer. Agora, digo bem alto que, segundo ouço nas férias, há quem cace clandestinamente de dia e de noite e ninguém pune ninguém… Tudo isto me parece muito estranho, excepto a posição dos ecologistas.