DEVEMOS DEFENDER A INDEPENDÊNCIA NACIONAL
Os bons portugueses da actualidade orgulham-se dos Homens honestos do passado e estão a levantar a voz contra os traidores da actualidade que lhes prometeram “mundos e fundos”e agora se assemelham a protectores de exploradores do trabalho alheio. Voltou a reaparecer a classificação da “classe média”de GIL VICENTE: «”classe média autêntica”, assente no trabalho, baseada na situação económica real, com haveres próprios, criados com esforço, suor, sangue e poupança» e a «classe média fictícia e parasitária, baseada na aparência e que vivia à custa das classes produtivas.»
Aconselhamos a leitura da página 197 da História Concisa de Portugal, do Professor José Hermano Saraiva para ver o retrato do que se está a passar centenas de anos depois no Portugal de hoje em que se pagam centenas de milhares de euros para criar vedetas nas páginas das revistas ditas cor de rosa e outras, para ludibriarem papalvos que vão atrás das aparências, explorando a classe trabalhadora e séria, recebendo somas exorbitantes de funções para que foram nomeados por outros da mesma qualidade, para repartirem com essas vedetas da mixordice.
Qual será o comportamento do “Povo”?
Talvez o mesmo que no “Dia 1º de Dezembro de 1640”, que hoje se comemora, por gente de raça e Amor à Independência e à Justiça, se levantou contra o domínio espanhol e “Restauraram a Independência Nacional”.
O BANCO DA FOME não vai satisfazer as necessidades dos dois milhões de pobres e da classe média que está em vias de destruição total. E quando o desespero perder a esperança, de pouco ou nada valerão os discursos dos políticos que dão cobertura aos exploradores que conduziram Portugal à ruína, esquecendo-se do orgulho com que Camões cantou nos Lusíadas «o peito ilustre lusitano».
Conta-se que D. Luísa de Gusmão, esposa do 8º Duque de Bragança- futuro rei, quando este lhe contou o plano da revolução, aplaudiu-o, acrescentando: «Vale mais viver reinando do que acabar servindo.»
Já demos provas de que somos um povo pacífico e trabalhador. Mas não esqueçamos o ditado popular:
«Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá fica a asa»
E este “cântaro” simboliza, bem, o estado de espírito que se continua a desenvolver de norte a sul de Portugal.
Cada um de nós deve assumir as suas responsabilidades de contribuir para aplicar, no dia a dia, a «Teoria Económica Produzir e Poupar» com que Salazar evitou que viessem estrangeiros governar Portugal.
Artur Monteiro do Couto