OS AVÓS DEIXAM O CALOR DA LAREIRA E REGRESSAM ÀS ESCOLAS.
Há avós ricos e avós pobres. Há avós muito jovens e menos jovens; de cabelos brancos e sem os cabelos que o tempo foi levando misturados com as preocupações pessoais, dos filhos e dos netos.
Está na hora das idades mais tenras, de corpos franzinos e lágrimas salgadas de uns, se misturarem com as de alegia e vozes estridentes de muitos mais.
Os mais franzinos, perante os prolongados trabalhos dos pais, encontram nos avós a segurança psicológica e física que os conduzem pela mão à casa dos sonhos felizes da maioria, e das dúvidas para uma minoria fragilizada pela saída do ninho para ensaiarem os primeiros voos. Agora, ocorre-nos o poema do nosso comprovinciano, Miguel Torga, «O LADINO», pardal que se recusava a deixar o calor do ninho e fazer o primeiro voo.
A muitos infantes são os Avós que os animam e seguram pela mão a afugentar os medos e a incutir a alegria do sucesso.
Acompanhámos os Senhores Engenheiro Tomás Rebelo do Espírito Santo, Dr. Manuel Osório e outros colaboradores do Jornal dos Reformados, entre os quais me incluo, para levarmos a bom termo a consagração do DIA dos AVÓS, em Portugal. Sentimo-nos recompensados com o reconhecimento dos avós como fontes de carinhos e os grandes colaboradores sociais, sobretudo apoiando os netos nesta fase de iniciação ao ambiente escolar.
Desejamos a maior alegria aos avós e aos netos, nesta nova fase das suas vidas.
Felicitamos, simultaneamente, a Direcção do Museu Etnológico de Bobadela (Boticas); agradecemos as explicações da agradável visita e a possibilidade de fotografar a figura museológica que apresentamos na imagem.
Artur Monteiro do Couto