belezas paisagisticas e artisticas de Trás-os-Montes
Segunda-feira, 22 de Julho de 2013
SAÚDE NATURAL SEM BRUXEDOS
Lembram-se dos célebres “Congressos de Medicina Popular” realizados na aldeia barrosã de Vilar de Perdizes, paredes-meias com a Galiza, bem próxima de Montalegre e de Chaves? Esses congressos também foram baptizados de “congressos dos bruxos” porque os ditos bruxos de há cerca de 50 (cinquenta anos) eram os médicos dos pobres que tentavam resolver todas as enxaquecas com chás de cidreira, de folhas de oliveira, de carqueja e muitas outras plantas consagradas como medicinais pelas suas virtudes terapêuticas. Às virtudes naturais tentaram outras pessoas de fé associar-lhes as virtudes divinas do Padre António Lourenço Fontes, ordenado sacerdote precisamente há 50 anos.
A fama deste Padre saltou por cima das elevadas serras transmontanas e começou a atrair possuidores de todo o tipo de doenças, fossem elas de ordem física ou psíquica. Personagens influentes nos meios televisivos como Herman José, Fialho Gouveia. Carlos Cruz, Júlia Pinheiro e muitos outros, transformaram o Padre Fontes numa personalidade influente tanto nos meios científicos e culturais mais evoluídos, como nas regiões abandonadas do interior de Portugal. Acompanhámo-lo de perto na primeira entrevista televisiva em Lisboa, como participámos com ele em conferências na Sociedade de Geografia ou em Universidades da capital.
A todos seduzia pela sua eloquência de cultura popular, científica e por encarnar a sabedoria popular transmitida ao longo de gerações. Rapidamente se tornou uma figura nacional respeitada pela sua humildade de atitudes que encobriam um grande amor ao próximo, sendo esse próximo constituído por ricos ou pobres. Também lhe conhecemos críticos malévolos e invejosos. Isso ajudou-o a crescer no coração de todos os de boa vontade.
Passados 50 anos, vemo-lo agora imortalizado com o ECO-MUSEU DE BARROSO, em Montalegre, e homenageado pelos seus conterrâneos e admiradores, no próximo dia 27 de Julho.
Desejamos-lhe a mesma saúde que ele sempre desejou para todo o mundo, sem distinção de crenças, de saberes e de haveres.
E as famosas plantas saudáveis também estiveram representadas na Horta do Continente no Terreiro do Paço em Lisboa, no mês passado.
Artur Monteiro do Couto
De A.A. a 23 de Julho de 2013 às 21:48
Associo-me a todos quantos admiram o Padre Fontes. Mas admirá-lo não basta. Há que reconhecer no Padre Fontes valores para lá dos que se possam conotar com as voadoras na vassoura. Atrevo-me a perguntar e a procurar quem tenha dado a conhecer mais do que o Padre Fontes, toda a região. Homens e mulheres da comunicação social de todo o mundo, pessoas que não acreditam em bruxas, mas que não deixam de pensar que as há, conhecem e falam do Padre Fontes; foram a Barroso visitá-lo e, simultaneamente, visitaram o Norte de Portugal, visitaram Trás-os-Montes.
Grande Padre Fontes! Espero que os conterrâneos, todos, o vejam para lá do mundo mágico onde estamos habituados a vê-lo. Não só o conheço como sou seu amigo, há muitos anos e, sem qualquer receio, atrevo-me a dizer que toda a admiração, e todos os encómios e agraciamentos ficarão aquém do que a região lhe merece.
Ao Padre Fontes, um apertado abraço e ao autor deste blog, um "muito obrigado" por lembrar e falar do comum amigo
A.A.
Bruxas! Nem o nosso comum amigo acredita nelas...mas que existem parece não haver dúvidas. Bem merece o reconhecimento que lhe faz. Parabéns. Já agora aproveito para dizer que estou à espera de uma mensagem sua que hoje lhe pedi. Saude.
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