Terminado o ano escolar 2007/2008, recordamos o filme "CANÇÃO DE LISBOA", em que o grande actor Vasco Santana representa o perfil de um jovem estudante que frequentou a Universidade de Lisboa. Esse jovem viveu da mesada das tias que viviam em Trás-os-Montes, que nunca tinham vindo à Capital e o consideravam um aluno cumpridor. Ora, O Vasco preferia mais os arraiais, as cantigas populares e as mulheres bonitas, representadas por Alice (Beatriz Costa)... do que estudar...
Os azares do Vasco sucedem-se: no mesmo dia em que é reprovado no exame final de curso, recebe uma carta em que as tias lhe anunciam uma visita a Lisboa! (E vai ficar desmascarado).
Infelizmente, há muitos como o Vasco que, em vez de estudarem, passam a vida nas "borgas" e depois mentem aos pais, tias, e à gente lá da "santa terrinha", querendo passar por doutores (cursos terminados) e não passaram dos primeiros anos.
Por estas e por outras é que nasceu o dito popular: «Um burro carregado de livros é um doutor» ... porque os cábulas andam com os livros de baixo do braço ou com eles às costas dentro das pastas a imitar os turistas e a enganar os que andam a mourejar de sol a sol para sustentarem os vícios dos pseudo-estudantes. Eu conto-me no número dos enganados. Isto não é fantasia.
Quantos não teriam regressado a casa incluídos no número daqueles que deram origem ao provérbio: «UM BURRO CARREGADO DE LIVROS É UM DOUTOR». E para o ano inventa-se um Mestrado e as Tias continuam a pagar as paródias! E se um dia se terminar o curso com incompetência e alguma sorte, enganam-se os clientes. "Só perde quem tem".
Artur Monteiro do Couto